Servidores do Incra deflagram greve

Confirmando o alerta dado em abril, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Paraná entraram em greve ontem. Por enquanto, a mobilização, de quase 90% de um total de cerca de 150 funcionários, está apenas na sede curitibana. Porém, é possível que as unidades avançadas de Cascavel e Francisco Beltrão também reforcem o movimento na próxima semana. O Incra informou que o atendimento ao público não foi afetado.

A greve foi decidida ontem pela manhã, em assembléia. Durante o primeiro dia de paralisação, os manifestantes organizaram o movimento e distribuíram as tarefas. ?Vamos parar tudo e, na próxima semana, as unidades de Beltrão e Cascavel também vão parar?, comenta a presidente da Associação dos Servidores do Incra no Paraná (Assincra), Irene do Rocio Rudunike.

Segundo ela, apenas os Estados do Rio Grande do Sul, Alagoas e o entorno do Distrito Federal ainda não aderiram ao movimento nacional. A categoria pede a não aprovação do Projeto de Lei 01, ?que propõe frear os investimentos em órgãos públicos nos próximo dez anos?, e a recomposição salarial. ?Sem investimentos, significa que nos próximos anos não haverá nem concurso público nem reajuste salarial, que são necessários. Há dez anos, os servidores do Incra recebem 85% de gratificação e continuam com vencimentos básicos baixos. Nesse tempo todo não recebemos nem reposição da inflação?, salienta Irene.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra no Paraná, Geraldo Batista Martins, outras reivindicações são a efetivação do plano de cargos e salários, ?como prometido há dois anos?; a incorporação das gratificações no vencimento básico, ?que às vezes não passa de um salário mínimo?; o ajuste de algumas funções e reestruturação do órgão; e a priorização do Plano Nacional de Reforma Agrária. ?Ainda é muito tímida essa questão. Além disso, é preciso atualizar o índice que regulamenta a produtividade dos imóveis rurais e que sejam cumpridos os preceitos da função social da propriedade?, afirma.

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