Os cerca de 120 funcionários da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, que aderiram à greve nacional da categoria, esperam um novo rumo às mobilizações a partir de hoje. É que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, se reúne em Brasília com os superintendentes do órgão nos estados para discutir o assunto. Também hoje os servidores da unidade de Francisco Beltrão devem decidir, em assembléia, se aderem ao movimento. A unidade de Cascavel realiza assembléia na segunda-feira. No total, no Paraná, são 150 servidores do Incra.
De acordo com o representante da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra, Cláudio Luiz Marques, enquanto aguardam um posicionamento do ministro, seguem discutindo com parlamentares e movimentos sociais como MST e federação dos agricultores sobre a situação e necessidades do órgão. Segundo ele, entre as principais reivindicações dos servidores estão uma revisão no Projeto de Lei 01, que limita as despesas do serviço público; e a recomposição salarial, pois hoje 85% dos proventos dos trabalhadores vêm de gratificações.
?Queremos um fortalecimento do Incra, pois observamos que no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não existe prioridade para a reforma agrária?, falou. De acordo com Marques, no último concurso público para o órgão foram aprovados 1,3 mil candidatos, e só a metade foi convocada. ?A defasagem de funcionários é de dez anos, pois hoje somos cinco mil servidores no Brasil para atender uma demanda de 800 mil famílias assentadas?, completa.
Ainda segundo o representante, os serviços de campo do Incra de Curitiba estão completamente parados.
