Servidores do HC ameçam nova greve para segunda

Os servidores do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, podem parar na próxima segunda-feira. O indicativo de greve foi aprovado por unanimidade ontem, durante assembléia que reuniu cerca de duzentas pessoas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Terceiro Grau Público de Curitiba e Região (Sinditest), Antonio Neris de Sousa, foi dado prazo até amanhã para que as direções do HC e da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) se manifestem. Os servidores voltam a se reunir em assembléia nessa sexta-feira, às 10h30.

As principais reivindicações dos servidores são, segundo o presidente do Sinditest, reposição de 18,76%, referente à perda salarial dos últimos doze meses, reajuste de 26% no vale-alimentação e reajuste de 18,75% no auxílio-creche. “A pauta tem 90 itens, mas o que faz com que a categoria vá para uma greve são os pontos financeiros”, explica Antonio Neris. Outro itens são referentes às condições de trabalho, uniformes, falta de equipamentos de proteção. Trabalham no HC, segundo a assessoria de imprensa do hospital, 1.384 servidores celetistas.

No ano passado, a greve durou aproximadamente dez dias, e o impasse foi resolvido em dissídio coletivo. Na ocasião, os servidores conseguiram reposição salarial de 8% ( o pleiteado era 9%), reajuste de 3,5% no vale-alimentação e no auxílio-creche – o pleiteado era 7%. A média salarial dos servidores do HC, segundo o presidente do Sinditest, é de R$ 500,00. Caso a greve seja deflagrada, cerca de 30% dos servidores devem continuar trabalhando para atender situações de emergência. Uma das greves mais longas ocorreu em 2001, quando os servidores ficaram parados por 97 dias.

Funpar

Em nota à imprensa, a Funpar esclareceu que os entendimentos para o Acordo Coletivo de Trabalho com o Sinditest iniciaram no dia 18 de março, porém, até o momento, o sindicato não teria atendido solicitações feitas pela Funpar para que a mesa de negociações fosse instalada. Além disso, a nota informa que “as direções do HC e da Funpar reiteram sua posição em iniciar imediatamente as negociações, garantindo a data base para 1º de maio, desde que atendidas as solicitações de se formar uma comissão composta exclusivamente por trabalhadores lotados e ativos do HC, sem envolvimento de nenhum outro trabalhador alheio a este local de trabalho.”

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