Allan Costa Pinto / O Estado do Paraná |
Passeata em frente ao prédio da Prefeitura. |
Um grupo de servidores públicos municipais de Curitiba paralisou ontem as atividades e participou de uma manifestação para reivindicar melhorias para a categoria. Carregando faixas de protestos e usando nariz de palhaço, os servidores se concentraram na Praça Santos Andrade e seguiram em passeata até o prédio da Prefeitura, no Centro Cívico. No local, os trabalhadores promoveram um apitaço e queriam ser recebidos por um representante do Executivo.
De acordo com o secretário de formação política do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc), Michel Deolindo, há uma série de questões que precisam ser discutidas. Uma delas é referente ao vale-refeição. “Nós queremos que volte o vale, mas a Prefeitura insiste em manter a distribuição de marmitas”, ponderou. Outro item da pauta é o treinamento e capacitação dos trabalhadores. Segundo Deolindo, muitos servidores estão sendo contratados e ingressando na atividade sem orientação, o que interfere na qualidade de trabalho.
Os funcionários defendem ainda a redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias, principalmente nas unidades de saúde e creches. Para compensar essa redução, diz o sindicalista, os trabalhadores poderiam ampliar o atendimento, ou seja, estendendo as atividades um dia a mais na semana. “Pode reduzir o horário, mas aumentar o atendimento”, comentou.
Salários
Em relação ao reajuste salarial da categoria, aprovado anteontem na Câmara Municipal, Deolindo disse que ele ficou abaixo das perdas salariais. A proposta aprovada é de um reajuste de 7,47%, que será pago em duas vezes – sendo 4% em julho e o restante em dezembro. O sindicalista defende que, para cobrir as perdas, seria necessária uma correção de, pelo menos, 10%. Além disso, a categoria está insatisfeita porque durante o processo eleitoral, quando o prefeito Cassio Taniguchi concorreu à reeleição, ele teria se comprometido em conceder 10% a título de aumento salarial, o que não aconteceu. “Aumento mesmo não teve nenhum, apenas reajuste”, alega Deolindo.
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que não houve encontro entre os manifestantes e algum membro do Executivo. A Prefeitura afirmou que essa não era a real intenção dos manifestantes, pois eles não teriam argumentos para tal embate. Nenhuma área foi afetada com a paralisação.