Braços cruzados

Servidores da UTFPR, UFPR e HC ameçam greve

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e do Hospital de Clínicas (HC) apresentaram indicativo de greve por tempo indeterminado para o dia 17 de março.

A decisão foi publicada ontem pelo Sinditest-PR, entidade que representa a categoria, numa carta aberta à população na qual expõe suas reivindicações. Caso a categoria decida pela paralisação, o sindicato estima que em torno de cinco mil técnicos cruzem os braços em todo o estado. No Hospital de Clínicas, porém, os trabalhadores devem manter o mínimo de 30% do efetivo.

De acordo com o diretor e 2.º vice-presidente do Sinditest-PR, Márcio Palmares, os trabalhadores reivindicam a antecipação do reajuste de 5% previsto para 2015 ainda neste ano – o que deve garantir um aumento de 10% para a classe em 2014 -, além da criação de um piso salarial de três salários mínimos – que hoje está em R$ 724 – e antecipação da data-base da categoria.

“Nós tivemos uma greve muito forte em 2012, e a nossa reivindicação na época era de um aumento de 22% para cobrir as perdas pela inflação. O governo [Federal] nos deu 15% e parcelou em três vezes por ano, mas os aumentos da inflação foram superiores nesse período”, afirmou Palmares.

Os trabalhadores exigem também uma jornada de 30 horas semanais e a criação de creches nas universidades públicas, para atender aos filhos de servidores.

O Sindtest-PR acompanha a orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), que havia aprovado no início de fevereiro um indicativo de greve para 17 de março em todas as instituições de ensino superior federais do país.

De quinta à sexta-feira (7), Palmares informa que a Federação está reunida com representantes dos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento para discutir as reivindicações da categoria.

Segundo ele, uma nova assembleia dos trabalhadores do estado está marcada para o dia 17, que irá definir se haverá paralisação.

Outro lado

Em nota, o MEC afirmou que os pontos determinados no acordo firmado em 2012 estão em “fase de cumprimento” e que o ministério está em “permanente diálogo” com a classe. O ministério informou também que constituiu grupos de trabalho com os servidores, que estão previstos no termo entre as duas partes, e que a maioria dos trabalhos foi concluída.

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