Servidores ligados à Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), autarquia que cuida do transporte público e outros serviços na capital, estão em frente da sede do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Os trabalhadores saíram da sede da Urbs por volta das 12h e se encaminharam até o local. Eles protestam contra a possível extinção da taxa de administração da Urbs. Estima-se que 200 trabalhadores estejam no local.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Parana (Sindiurbano-PR) informa que eles não são contra a redução da tarifa e nem que haja investigação de possíveis irregularidades nas licitações.
Porém, a entidade alega que, ao excluir a taxa de administração (que equivale a 4% do valor da tarifa), haverá sérios prejuízos na prestação de serviços de qualidade no transporte coletivo.
Paralisação interrompe serviços da Urbs
Alguns serviços prestados pela Urbs foram interrompidos no final da manhã desta quinta-feira (06) em função da mobilização dos funcionários, que se concentram em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A participação de fiscais, agentes de apoio, de limpeza e de atendimento, levou à interrupção do atendimento nos núcleos da Urbs em várias Ruas da Cidadania, como Matriz, Boa Vista e Fazendinha.
Sanitários públicos administrados pela Urbs estão fora de operação, ou com atendimento precário, uma vez que equipes de limpeza e fiscalização aderiram à manifestação organizada pelo Sindiurbano-PR.
Na Rodoferroviária, as equipes mantêm atendimento normal em todos os serviços, o que inclui as áreas de limpeza e sanitários.
TCE mantém decisão
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) mantiveram a liminar que determinou a redução de R$ 0,43 na tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana (RMC). A decisão foi unânime. O reajuste da passagem de ônibus deve ocorrer até o final de fevereiro.
O presidente do Sindiurbano-PR, Valmir Mestriner, disse que a entidade vai analisar com mais profundidade a decisão e que a assessoria jurídica está estudando o caso. Mestriner disse ainda que vai manter um canal com a Prefeitura de Curitiba para ver como o assunto será tratado. Ele disse ainda que não teme por demissões, uma vez que o serviço não pode ser descontinuado e que a Prefeitura não dispõe de um efetivo para fazer todo o trabalho.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado do Paraná (Stransp), por meio de sua assessoria de comunicação, informou que não vai se pronunciar neste momento, enquanto a Urbs está aguardando o pedido de esclarecimento enviado ao TCE para saber o modo como deve ser cumprida a liminar.