Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em greve há um mês, deram continuidade ontem à ocupação do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da universidade, iniciada na última segunda-feira. Seis integrantes do Sindicato dos Trabalhadores do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest) se revezaram para passar a madrugada no local.
A ocupação culminou com o desligamento do Sistema Integrado de Ensino (SIE) da universidade, o que impede que os professores realizem o lançamento das notas de seus alunos e que sejam efetivadas matrículas para o segundo semestre. ?Queremos atrasar as matrículas. Já que os servidores do Hospital de Clínicas (HC) foram obrigados por decisão judicial a voltar ao trabalho, vamos radicalizar a greve em outros setores da UFPR?, diz o presidente do Sinditest, José Carlos Belotto.
A reitoria da UFPR disse que vai esperar até a próxima semana (dia 2 de julho, quando começam as matrículas) para então se manifestar sobre o caso. Contudo, está confiante em uma proposta que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) apresentará na próxima segunda-feira em uma reunião com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), o que poderá pôr fim à greve dos servidores, iniciada no dia 28 de maio.