Servidores da UFPR e HC aderem à greve

Os servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Hospital de Clínicas (HC) aderiram ao movimento nacional e aprovaram greve a partir da próxima segunda-feira. Os da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) marcaram uma assembléia para a próxima quarta-feira para discutir o assunto. A pauta de reivindicações da categoria tem uma série de itens. Lutam pela manutenção do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Emenda 3, são contra algumas medidas do Programa Nacional de Aceleração do Crescimento (PAC), além da restrição ao direito de greve e a transformação dos hospitais universitários em fundações, entre outros.

Até o fim da tarde de ontem, 15 instituições federais já haviam decidido participar da greve e o número deve aumentar na próxima semana. A indicação pela paralisação foi tomada no início do mês por 120 delegados que representaram 50 universidades brasileiras numa plenária promovida pela Federação de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), José Carlos Assunção Belotto, as principais reivindicações da categoria estão relacionadas a medidas do PAC e à Emenda 3.

Segundo ele, o PAC limita a contratação de novos funcionários e isso engessaria as instituições, que já carecem de servidores. Belotto afirma ainda que congela os salários da categoria, que vem sofrendo com a falta de reajustes. Outro ponto questionado pelos servidores é a restrição ao direito de greve, que só poderá ser executada se aprovada por dois terços da categoria. ?Nós não temos data-base nem negociação coletiva. É o único instrumento que a categoria dispõe para reivindicar?, comenta.

Os servidores trabalham em setores estratégicos dentro da UFPR. A partir de terça-feira o restaurante universitário vai fechar as portas e os trabalhadores dos outros postos como biblioteca, laboratórios e administrativo devem ir cruzando os braços ao longo da semana. No HC podem parar setores como a lavanderia, técnicos de enfermagem, administrativo, entre outros. Nas duas instituições trabalham cerca de três mil servidores.

Na segunda-feira, a categoria se reúne em assembléia, às 9h, no pátio da reitoria. Será formada a comissão que vai comandar a greve e deliberar sobre os setores que devem parar as atividades de forma a não prejudicar o andamento de serviços essenciais. 

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