Servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) fizeram uma paralisação na manhã de ontem para protestar contra o corte do vale-transporte ocorrido em outubro e que afetou 644 funcionários da instituição. No final da manhã, eles foram atendidos pelo vice-reitor da UEL, César Caggiano dos Santos, e entregaram uma pauta com 21 reivindicações.
Segundo a coordenação de comunicação da universidade, o corte dos benefícios foi feito devido a avisos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que pediam que a UEL cumprisse um decreto do governo do estado que estabelece um teto de três salários mínimos (R$ 1.050) para o recebimento dos vales. A coordenação afirma que a instituição apenas se adequou à legislação, ainda mais com a ressalta do TCE de que a UEL poderia não ter suas contas aprovados por causa do descumprimento do decreto.
A universidade promoveu um debate em novembro para explicar aos servidores o motivo do corte. Na reunião realizada ontem entre o vice-reitor e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel), ficou acertado que na próxima segunda-feira, membros do conselho de administração, que reúne representantes dos servidores, e o vice-reitor, visitarão o TCE para explicar a situação e saber se existe alguma maneira de contornar o problema.
Na terça-feira eles se reúnem com a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, para pedir uma mudança no decreto: querem que o texto mude o teto de três salários mínimos para três pisos estaduais, que é R$ 580. Com a mudança, os servidores que perderam o benefício voltariam a receber os vales, que também seriam oferecidos a mais servidores da UEL.
