A implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) levou servidores estaduais da saúde para as ruas de Curitiba ontem. Eles percorreram vias do Centro Cívico e protestaram em frente ao Palácio das Araucárias, sede atual do governo do Estado. Segundo a categoria, o PCCV está previsto no Plano Estadual de Saúde, aprovado em 2008, e deveria estar em vigor desde maio do ano passado. No entanto, isso não aconteceu e agora os servidores querem pressionar a administração estadual.
De acordo com a coordenadora o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde-PR), Elaine Rodella, o PCCV deixou de ser uma promessa e se tornou um compromisso do governo do Estado, que ainda não foi cumprido. Ela explica que há legislação federal indicando que o plano de carreira dos servidores da saúde deve ser à parte do quadro geral, por possuir especificidades. “Queremos que a valorização ocorra pelos conhecimentos teórico e prático do servidor. A ascensão profissional ocorreu hoje por critérios absurdos e injustos, além de acontecer por decretos”, afirma Rodella.
Segundo a coordenadora, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que a implantação do PCCV estaria esbarrando em outras instâncias governamentais. “Mas essa justificativa não nos satisfaz. A secretaria deveria ter se esforçado mais para que outros órgãos também fizessem essa pauta”, comenta Rodella. Servidores de todo o Estado participaram do ato de ontem.
O PCCV ainda reivindica a manutenção integral da Gratificação por Atividade em Saúde (GAS) nas aposentadorias; a instalação de jornadas de trabalho de 20 e 30 horas conforme legislação federal; vale-transporte no valor de 20% do salário inicial da carreira da saúde; e 15% de revisão salarial para servidores de primeiro grau. O sindicato informou que protocolou ofícios e fez contatos com as assessorias da Sesa, da Secretaria de Estado da Administração e Previdência e do gabinete do vice-governador Orlando Pessuti. Na tarde de ontem eles foram ao gabinete pedir para serem ouvidos, o que não aconteceu. Segundo o SindSaúde-PR, os servidores deixaram o gabinete com a esperança de marcar uma reunião na próxima semana. A partir de segunda-feira, o sindicato volta realizar manifestações em frente ao Palácio. A Sesa afirmou que irá aguardar a realização da reunião para se posicionar sobre o assunto.