Servidores da saúde cobram direitos iguais

Servidores da rede municipal de saúde de Curitiba se reuniram na manhã desta segunda-feira (5), para protestar contra a não inclusão de parte da categoria no projeto de lei que prevê a redução da carga semanal dos funcionários públicos desta área para 30 horas semanais.

A mobilização começou por volta das 8h, na Praça Santos Andrade, de onde os manifestantes partiram em direção à Câmara Municipal de Curitiba. Neste local, aproveitaram o ato para protestar contra a votação de uma emenda à Lei Orgânica, que deve acontecer ainda nesta segunda, alterando a legislação do município e acabando com a data-base e a isonomia dos servidores.

De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Alessandra Claudia de Oliveira, a mobilização é para que “essas pessoas sejam incluídas na redução da jornada de trabalho, independente de ser no mesmo projeto de lei ou em outro, pois isso não representa um impacto financeiro tão grande para a Prefeitura”.

Apesar de sete mil servidores atuarem na rede municipal de saúde da capital, 1,2 mil deles ficaram de fora da concessão do benefício, como a nutricionista Carla Vanessa Alves Lopes. Para a profissional, não há motivos para somente parte da categoria ser excluída de um benefício como esse.

“Antes, o movimento de luta pelas 30 horas semanais era de todas as profissões da área da saúde, mas somente algumas foram contempladas e não vemos razões para sermos considerados menores do que os outros, pois cada uma tem seu valor para a saúde da população. Por isso, estamos nos sentindo excluídos, discriminados e desvalorizados e estamos nos mobilizando para reverter essa situação”, opina. Além da mobilização da manhã, os servidores excluídos do projeto iniciaram uma paralisação dos trabalhos nesta segunda-feira.

Atendimento

Apesar da paralisação, os serviços das Unidades Básicas de Saúde não foram afetados. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, os atendimentos considerados essenciais como consultas médicas, odontológicas, vacinas, curativos e pronto-atendimento de urgência e emergência estão funcionando normalmente.

No entanto, os laboratórios só estão realizando exames considerados urgentes. Para que o atendimento não fosse totalmente prejudicado, a prefeitura realizou uma parceria com laboratórios credenciados ao SUS, que possibilita a realização de 5 mil exames por dia. Aqueles que não são considerados de emergência estão sendo reagendados.

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