Servidores da Polícia Federal de todo o País farão uma paralisação de alerta ao governo na próxima quarta-feira (21), reivindicando reajuste salarial em todas as categorias – agentes, delegados, peritos, escrivães, papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) e servidores administrativos. A decisão foi tomada em reunião do Grupo de Entidades Representativas das Categorias do Departamento de Polícia Federal (Gerc), na última quarta-feira (14), em Brasília, e conta com adesão dos sindicatos de todos os estados da federação.

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O Sinpef/PR, sindicato que representa os funcionários da Polícia Federal no Estado, já havia manifestado oficialmente que apoiaria as decisões em âmbito nacional e aguarda que, com o alerta, o governo se mexa para cumprir o prazo de negociar o reajuste salarial até o próximo dia 30. Caso contrário, pode ser deflagrada greve por tempo indeterminado.

Os servidores da PF alegam que o reajuste foi prometido no ano passado e as perdas salariais, acumuladas por doze anos, já somam mais de 100% sobre os salários de todas as categorias. De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), existe inclusive documento assinado pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que oficializa o apoio do governo ao pleito dos federais – mas, apesar de aceita pelo governo, falta ainda a reposição ser formalizada. ?Vamos ver o resultado dessa paralisação e dar um tempo para o governo se manifestar. Se não houver acordo até a data limite (30/6), daí podemos transformá-la em greve definitiva?, avisa o presidente do Sinpef/PR, Edson Carlos da Silva. Apesar de as perdas acumuladas serem superiores, os servidores aguardam reposições que variam entre 30% a 65%, escalonadas de acordo com cada categoria. No caso de propostas serem apresentadas antes do dia 21, os policiais federais prometem suspender a paralisação de advertência. 

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