Os servidores da Justiça paranaense acompanharam ontem a análise do plano de reestruturação do quadro de funcionários do Tribunal de Justiça do Paraná, em sessão do Órgão Especial.
A categoria esperava ansiosamente pela aprovação da proposta, que inclui o plano de carreira da categoria. Até o fechamento desta edição, o resultado da votação não havia saído. Foram criados novos cargos e alterada a nomenclatura de outros.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus-PR), José Roberto Pereira, existem distorções entre os cargos, especialmente entre a secretaria (parte administrativa) e o foro judicial.
Funcionários que entraram em cargos de nível básico e que posteriomente tiveram formação superior foram aproveitados em outras áreas, mas não tiveram a ascenção na carreira.
“Os oficiais de Justiça e escrivãos, cujas funções estão em extinção, continuam trabalhando até se aposentarem. Quem entrar agora ficará como técnico judiciário. Mas eles deveriam trabalhar apenas nas varas estatizadas e estão sendo usados para tapar buracos. Existem ainda empecilhos”, comenta.
De acordo com Pereira, a reestruturação reduziria as distorções de alguns cargos na secretaria e no foro judicial. Em alguns casos, a diferença de salários chega a 200%.
O coordenador do Sindijus ressalta que a entidade não teve participação na elaboração do plano do TJ, que o levou direto para a sessão do Órgão Especial. “Mas as nossas reivindicações acabam influenciando”, afirma.
Segundo Pereira, já é um avanço o fato de estar garantidos os direitos e a ascenção na carreira dos cargos que estão em processo de extinção. “Isso era uma grande preocupação nossa”, revela.
