A princípio, os servidores gostaram da criação do Instituto Paranaense de Saúde, o IPE-Saúde, que vai substituir o Sistema de Assistência à Saúde (SAS), implantado pelo ex-governador Jaime Lerner e que foi alvo de muitas críticas. O novo sistema foi apresentado ontem, pelo secretário de Administração, Rein-hold Stephanes, para representantes das entidades dos funcionários do Estado.

Ele contará com a participação do funcionalismo na gestão dos R$ 12 milhões que o governador Roberto Requião vai destinar mensalmente ao serviço. Hoje os servidores se reúnem para avaliar as mudanças. O IPE-Saúde vai oferecer atendimento básico integral, cobertura completa em cirurgias de alto custo, e uma rede de atendimento mais ampla no interior do Estado. “As mudanças mais importantes, do ponto de vista dos beneficiários, são a ampliação da rede e das coberturas do plano básico, que não serão descontadas do salário dos servidores”, explica Stephanes.

O secretário esclarece que o Conselho de Administração da autarquia terá a participação dos usuários, do governo e dos prestadores de serviços. O projeto, que será encaminhado à Assembléia Legislativa em no máximo dois meses, oferece a cobertura integral solicitada pelos servidores e aumenta em 70% o volume de recursos destinados pelo Estado à saúde de 360 mil funcionários, pensionistas e dependentes.

Com essa cobertura integral, os usuários não pagam nada para ter acesso a procedimentos de alta complexidade, como transplantes, próteses, cirurgias cardíacas e neurológicas. A única despesa que o servidor vai ter são pequenos percentuais – de 20% a 30% – dos valores de consultas e exames que realmente utilizarem nas clínicas e laboratórios credenciados. Nos casos de internações pelo plano básico não haverá cobrança de taxas.

Outra novidade do projeto que o governo elaborou é a opção de um plano de atendimento especial. Aderindo a ele, os servidores terão descontos em folha, mas poderão escolher quais os médicos da rede credenciada que querem consultar.

O presidente da Associação da Polícia Militar, coronel Sá Ribas, explica que a princípio os servidores gostaram das propostas, mas uma posição sobre o assunto só vai ser tomada depois que as 17 entidades discutirem o assunto.

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