A greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que trabalham no Hospital de Clínicas (HC) pode terminar na segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest) adiantou que há um acordo para que, ao menos nas áreas de urgência, 100% dos servidores voltem a seus postos no início da semana. Durante o dia de ontem e no feriado de Corpus Christi, o movimento no hospital foi tranqüilo, até abaixo do normal, já que, segundo funcionários, não foram agendados atendimentos para pacientes do interior, e pela volta de alguns grevistas ao trabalho.
Na última quarta-feira, a Justiça Federal determinou o fim da paralisação – iniciada dia 28 de maio -, mas devido ao feriado, o Sinditest ainda não foi notificado. Os servidores têm um prazo de 12 horas após o recebimento da intimação para retomar o trabalho. Caso contrário, dirigentes sindicais podem ser multados e os trabalhadores terem os dias parados descontados. Na segunda-feira será realizada uma assembléia, onde poderá ser votado o fim da greve. Mas o Sinditest não descarta recorrer da decisão judicial.
Motivos
Os servidores do HC aderiram a uma paralisação nacional promovida pela Federação de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). Entre as reivindicações estão vetos a medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à Emenda 3. Ontem o sindicato divulgou uma nota afirmando que desde o início da paralisação foi mantido no mínimo 50% dos serviços, garantindo o atendimento aos pacientes já em tratamento.
A nota acusa a direção do HC de estar culpando os servidores pelas deficiências e precariedade do hospital. ?A greve só está trazendo à tona a realidade do HC?, diz o texto.
O diretor do HC, Giovani Loddo, não foi encontrado para comentar a nota, mas na quarta-feira já havia dado uma entrevista admitindo que o HC trabalha com falta de recursos humanos e de material.
Trabalhador
Os servidores do Hospital do Trabalhador prometem paralisar as atividades na segunda-feira. A paralisação de advertência será das 7h às 13h, quando os funcionários protestarão contra descontos nos salários e aumento da carga de trabalho.