A coleta do Lixo que não é lixo, programa da Prefeitura de Curitiba, aumentou 65% em outubro comparando com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, até novembro, o aumento é de 38% em relação a 2005. O resultado é reflexo direto da nova campanha de separação lançada em fevereiro pela Prefeitura de Curitiba.
Em outubro, os caminhões da Prefeitura recolheram das portas de residências e condomínios 1.006 toneladas de material reciclável. No mesmo mês de 2005, a quantidade recolhida pelo Lixo que não é lixo foi de 607 toneladas.
O secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, atribui o resultado à campanha de separação. ?Comemoramos a participação e a adesão da população que depois de 17 anos voltou a ter contato de forma massificada com o assunto e a entender melhor sua responsabilidade como geradora de resíduos?, diz.
Os registros de coleta seletiva mostram que depois do lançamento da primeira e segunda etapa da nova campanha, em fevereiro e junho, os índices da coleta seletiva vêm aumentando a cada mês, comparado com os mesmos períodos de 2005.
Em março e abril, o índice foi de 27%; em maio, 34%; em junho, 30%; em julho, 43%, em agosto, 61%; em setembro, 67%; em outubro, 65% e novembro, 57%. Somados estes meses, em 2006 a Prefeitura coletou 9.422 toneladas de lixo reciclável.
No acumulado de 2006, o índice de aumento do Lixo que não é lixo é de 38% em relação a 2005. O último ano em que a coleta do Lixo que não lixo fechou com aumento foi em 1998. Para se ter uma idéia, 2004 em relação a 2005, a queda foi de 11,5%.
Apesar do bom desempenho demonstrado até agora, o secretário diz que é preciso consolidar os resultados. ?Estamos no caminho certo, mas ainda há muito que fazer quando o assunto é lixo?, afirma Andreguetto.
Em sua nova versão, o programa SE-PA-RE traz como mote uma família colorida formada por quatro personagens: Vidrovaldo, Plastilde, Ed Metal e Papelucho. O mix de peças publicitárias inclui spots para TV e rádio, anúncios para revistas e jornais, mobiliário urbano, busdoor, outdoor, cartilhas e folders direcionados a condomínios e escolas.
A chefe do Departamento de Limpeza Pública, Gisele dos Anjos, conta que assim que a campanha foi para as ruas, escolas, condomínios e até empresas passaram ligar e solicitar informações e material de divulgação. ?Notamos que as organizações sociais e o cidadão, que estavam afastados do programa, voltaram a se interessar pela separação e a se envolver diretamente com a campanha?, diz. (SMCS)