As formas de violência, que atingem crianças e adolescentes no Brasil, foram discutidas ontem, em Curitiba, durante o I Seminário de Epidemiologia da Violência. A promoção foi dos departamentos de saúde comunitária e medicina interna do setor de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento também serviu como base de dados para a elaboração de um manual, sobre as formas de maus-tratos contra crianças e como deve ser a condução das vítimas e dos agressores.
De acordo com a médica pediatra do Hospital de Clínicas e integrante da Sociedade Paranaense de Pediatria, Luci Pfeiffer, o tema precisa ser discutido já que hoje as causas externas e acidentes são os maiores causadores de mortes entre os jovens. Assim como muitas crianças e adolescentes ainda sofrem maus-tratos e violência. Segundo ela, no ano passado, o programa Rede de Proteção atendeu 3.360 crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos e violência (tanto psicológica como sexual). No serviço de epidemiologia do HC foram atendidas 269 crianças em 2006.
Na avaliação da médica não significa que os números possam estar aumentando, mas que hoje tanto profissionais de saúde e educação quanto a comunidade, estão melhores informados e notificando mais os casos de violência.