Ambientalistas, estudantes, representantes de entidades governamentais e da iniciativa privada reuniram-se ontem, no campus do Centro Universitário Positivo (UnicenP), em Curitiba, no 2.º Seminário de Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, que nesta edição debateu temas como a outorga de efluentes e o comportamento ideal do ser humano num mundo ecológico.
?O que de mais importante o alemão tem a ensinar é a questão da educação ambiental. O alemão já identificou a interrelação entre suas atitudes e a conservação do meio ambiente?, explicou a coordenadora do Grupo de Intercâmbio de Experiência em Meio Ambiente da Câmara Brasil-Alemanha, Cristiane Baluta. ?E nada melhor que discutir essas questões dentro de um ambiente universitário, com formadores de opinião e futuros profissionais do mercado?, acrescentou.
Cristiane Baluta: ?Importância do ambiente universitário?. |
Cristiane Schappo: ?Boa aproximação de entidades?. |
Para o administrador de empresas e consultor ambiental Luiz Felipe Hoff, a responsabilidade ambiental está na moda, todas as empresas já estão abrindo os olhos para essa questão, mas ainda faltam práticas comuns de ecologia para cada cidadão. ?Cada pessoa tem de se dar conta de que precisa consumir o suficiente para deixar para às gerações seguintes, conservando os recursos naturais e diminuindo a produção de resíduos?, argumentou. ?Se toda a população mundial tivesse um padrão de consumo de Primeiro Mundo, seriam necessários quatro planetas Terra para gerar recursos para todos?, alertou.
Mas o assunto que dominou os debates de ontem foi mesmo a outorga de efluentes, autorização dada pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) para que empresas depositem seus efluentes (resíduos líquidos) nos rios. Em mesa-redonda, representantes da Suderhsa e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) explicaram a representantes das indústrias e ao público em geral o funcionamento da nova legislação, em vigor desde o último dia 2. ?O que muda mesmo é a aproximação entre IAP e Sudersha, a integração entre a outorga e o licenciamento ambiental?, explicou a engenheira ambiental da Suderhsa, Cristiane Schappo.
Para lançar seu efluente em um rio, a empresa necessitará de uma autorização especial da Suderhsa, que, antes de emití-la, analisará as substâncias e quantidades a serem depositadas, o tipo de tratamento que receberão por parte da empresa e a capacidade do rio em absorvê-las, entre outras questões. ?Temos uma meta de conseguirmos salvar, ao menos, um rio paranaense. E com a outorga estamos dando mais um passo neste sentido?, concluiu Schappo.