Promover e apoiar o aleitamento materno é o objetivo da Semana Mundial Amamentação, que este ano tem o tema “Amamentação no Mundo Globalizado pela Paz e a Justiça”. Diversas atividades estão sendo desenvolvidas no Paraná até dia dez deste mês para marcar a data.
Para a coordenadora do Banco de Leite do Hospital de Clínicas de Curitiba, Celestina Bonzanni Grazziotin, a semana serve para conscientizar as pessoas sobre a importância da amamentação, tanto para a mulher como para a criança. Além disso, difundir os direitos da mulher e lutar contra a chamada ?indústria da alimentação? que trabalha com a desinformação visando somente a resultados financeiros. Celestina explica que muitas empresas de alimento atuam junto à profissionais da saúde, “que incentivados por prêmios ou comissões, acabam influenciando as mulheres a substituir o leite materno pela alimentação artificial”.
Quanto aos direitos das mulheres que estão no mercado de trabalho, ressalta Celestina, é garantida por lei a licença maternidade remunerada por quatro meses. Depois do retorno ao trabalho, a mãe tem direito a uma hora por dia para a amamentação até a criança completar seis meses. Depois desse período, elas podem negociar com os patrões a melhor forma para não interromper o aleitamento. “É preciso que os empregadores tenham consciência da importância desse ato, até porque com uma criança saudável, a mãe faltará menos ao trabalho”, disse. Uma alternativa para não interromper ao aleitamento materno, acrescenta, é a mãe estocar leite em casa, pois o produto pode ser guardado, desde que adequadamente, por até 30 dias.
Bancos
O Paraná conta com bancos de leite em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. No ano passado foram coletados no Estado cerca de 10 mil litros de leite, que beneficiaram seis mil crianças. A principal função dos bancos de leite, explica Celestina, é estimular a aleitamento materno e encontrar mulheres que possuem excesso de leite. “Esse material é coletado para alimentar bebês prematuros ou aqueles cuja a mãe ainda tem dificuldades para produzir o leite”, falou.
Só o banco de leite do Hospital de Clínicas coleta em média 250 a 300 litros por mês. Além de atender à demanda do próprio HC, o leite é distribuído para outros hospitais que não possuem banco. A coleta é feita no próprio hospital ou na residência das doadoras. “A mulher que tiver excesso de leite entra em contato com banco, recebe todas as orientações sobre a armazenagem, e uma vez por semana nós passamos para recolher o material”, comentou a coordenadora. Que quiser doar pode entrar em contato pelo telefone (41) 360-1867.