No ano passado, 57 crianças perderam a vida e outras 3.051 ficaram feridas em decorrência de acidentes de trânsito no Paraná. De janeiro a junho desse ano, foram registradas 1.481 crianças vítimas de acidentes no Estado, contabilizando 27 mortes.
Os números são da Ong Criança Segura, que vai promover uma série de atividades para conscientizar a população dos cuidados necessários para evitar acidentes e inibir a possibilidade de aumento desses números.
As ações focam no tema da Semana Nacional de Trânsito, que começa amanhã, que enfoca os acidentes que envolvem crianças.
De acordo com Alessandra Fronçóia, coordenadora de formação de mobilizadores da Criança Segura, as crianças são mais frágeis do que os adultos e estariam mais suscetíveis a lesões graves em acidentes de trânsito e por isso precisam de um cuidado especial.
“A criança como pedestre não tem como discernir o trânsito. Ela não tem uma noção de distância e tempo para que ela possa atravessar um cruzamento com segurança, por exemplo”, afirma.
Alessandra ressalta que, até os 10 anos, a criança sempre deve estar acompanhada por um adulto. “Os pais devem orientar as crianças nos trajetos. O adulto é um grande exemplo. Se ela vê que os pais não cumprem as normas ela não se motiva a cumpri-las também”, afirma.
Para José Mario de Andrade, diretor de marketing e negócios internacionais da Perkons – empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito -, esse é um dos pontos fundamentais para melhorar o comportamento das pessoas no trânsito. “É preciso que os pais demonstrem um bom comportamento no trânsito porque, mais tarde, são as crianças que participarão ativamente desse sistema.”
Segundo Andrade, são atitudes fáceis de compreensão das crianças, como usar o cinto de segurança e atravessar na faixa de pedestres, que estimulam a continuidade de uma atuação segura no trânsito. “O uso de travas nas portas e de cadeirinha para bebês é importante. Porém a mudança de comportamento é fundamental”, pondera.