| Arquivo O Estado do Paraná |
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| Ato do MNLM na Cohab, no ano passado. |
Depois de muitos protestos e ocupações, finalmente o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) conseguiu um local definitivo para abrigar as 48 famílias que fazem parte da organização, em Curitiba. As famílias serão encaminhadas para terreno no Projeto Sambaqui, no bairro Sítio Cercado. Esses sem-tetos são os mesmos que, no ano passado, ocuparam o prédio do antigo Banestado, na Avenida Marechal Deodoro, no centro de Curitiba, por dois meses. Na seqüência, ocuparam um terreno da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), entraram em conflito com a guarda municipal, e depois ficaram alojados na sede do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Através do Programa de Subsídio Habitacional (PSH), do governo federal, as 48 famílias irão construir sobrados de 40 metros quadrados, com quatro peças e um banheiro cada. Pelo projeto, desenvolvido pela Cohab, os sobrados serão feitos em 24 terrenos pelas próprias famílias. “Vamos fazer em forma de mutirão e utilizar os tijolos de solo-cimento”, explicou a coordenadora do MNLM no Paraná, Hilma de Lourdes Santos.
Hoje o movimento leva os cadastros das famílias até a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que repassará esses dados para avaliação da Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento. “Esperamos que, em no máximo seis meses, os sobrados estejam prontos”, afirmou Hilma. O pagamento será feito conforme a condição de cada pessoa. “Deve ser algo em torno de 20% do salário da pessoa. O que vai mudar é o tempo de pagamento em cada caso”, explicou. Enquanto os sobrados não ficam prontos, os sem-tetos continuam abrigados num barracão alugado, também no Sítio Cercado, próximo das suas novas casas.