Praças de pedágio foram ocupadas por integrantes da Via Campesina e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) durante a manhã e tarde desta quinta-feira (16). As cancelas foram liberadas e os motoristas passaram pelas cabines sem pagar.
A manifestação começou na praça de Imbaú, no quilômetro 377 da BR-376. Cerca de 50 pessoas ocuparam as pistas da rodovia e passaram a administrar o tráfego por apenas duas cancelas. Pouco tempo depois, mais 100 manifestantes tomaram as praças de São Luiz do Purunã e Ortigueira, também na BR-376.
Na região de Cascavel, os manifestantes ocuparam duas praças de pedágio na BR-277. Elas pertencem a concessionária Ecocataratas. A exemplo do que aconteceu nos outros locais, somente mulheres participaram do protesto e abriram as cancelas para passagem dos veículos.
Lucimar do Carmo |
---|
Trabalhadores sem-terra na praça de pedágio de São Luiz do Purunã. |
O protesto
O protesto ocorreu por causa do Dia Mundial da Alimentação, que é celebrado nesta quinta. Segundo informações da concessionária, Rodonorte, a manifestação foi feita somente por mulheres. As câmeras de segurança foram todas viradas para não registrar os acontecimentos.
No site oficial do MST, uma nota foi divulgada em relação ao Dia Mundial da Alimentação, comemorado nesta quinta-feira, dia 16 de outubro. “As empresas agroindustriais e seus acionistas estão ricos. E aumentou de 80 milhões para 900 milhões o número de pessoas que passam fome todos os dias. Há três, quatro anos, voltou-se a propaganda mentirosa, quando vários governos anunciaram que, através do agrocombustível, teríamos uma agricultura mais rentável, mais empregos e que ajudaria a combater a fome.”
As empresas
A Rodonorte e a Viapar ingressaram na Justiça Federal com ação de reintegração de posse. Porém, as três praças foram desocupadas espontaneamente. O pedágio já voltou a ser cobrado normalmente. As concessionárias ainda não informaram qual foi o prejuízo causado pela ocupação.