Sem-terra aceitam deixar área da Embrapa no Paraná

Depois de muita negociação, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) se comprometeram a desocupar a fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada em Ponta Grossa, até as 7 horas da manhã de hoje. A área foi invadida na última sexta-feira por 160 famílias.

Na noite de sexta-feira, o governador Roberto Requião pediu aos sem-terra que deixassem a propriedade até as 15h de ontem, caso contrário, a Polícia Militar faria a desocupação “pacífica e transparente”. O prazo não foi cumprido. Às 15h30, líderes do movimento, entre eles o coordenador do MST na região dos Campos Gerais, Célio Rodrigues, iniciaram uma reunião com o representante da Embrapa, Antônio Maciel Botelho Machado, que veio de Brasília (DF) para tentar resolver a situação. A conversa foi interrompida algumas vezes por integrantes da presidência da Embrapa e pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Luís Fernando Delazari, que por telefone buscava saber sobre o andamento da reunião. Antônio Maciel propôs às famílias que deixassem a fazenda imediatamente e formassem uma comissão para, na segunda-feira, ir até Brasília negociar com os integrantes da presidência da Embrapa. Inicialmente, a proposta não foi aceita. “Não temos para onde ir. A Embrapa não pode nos jogar na beira da estrada. Nosso acampamento não está atrapalhando ninguém”, alegava Célio. As partes só chegaram a um entendimento por volta das 18h30.

Para invadir a fazenda da Embrapa, o MST alegou que a propriedade não se destina totalmente à pesquisa e teria sido arrendada para particulares. No total, a fazenda tem 3.900 hectares de área. Os sem-terra reivindicavam 1.000 hectares para plantar.

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