A diarista Irene Ribeiro é usuária do transporte público. Moradora em Colombo, vai todos os dias para Curitiba, onde trabalha. Como não tem vínculo com uma única empresa, Irene ganha por dia. Na segunda-feira não conseguiu chegar até o trabalho, e, para evitar mais prejuízo, resolveu ir a pé, pois não conseguiu vaga em uma das poucas vans que encontrou no percurso. “No meio do trajeto algumas pessoas de carro, também lotado, até ofereciam carona a R$ 6, mas resolvi ir andando, levei mais de meia hora para chegar”, conta.
A zeladora Maria Luíza Machado também depende do transporte coletivo para chegar ao trabalho. Como recebe vale-transporte da empresa, diz que se optasse pelo transporte alternativo ficaria caro, por isso, faltou dois dias. “A menor tarifa da van que encontrei foi R$ 7, gastar isso para ir e voltar não é pouco e nem sempre tenho esse dinheiro”, diz.