Sem chuvas, ar fica poluído na RMC

Além de trazer prejuízos à agricultura, a falta de chuva influencia na qualidade do ar. Entre 7 e 11 de março, período sem precipitações, alguns pontos de Curitiba e Região Metropolitana apresentaram índice de qualidade em componentes do ar apenas regular. Esse índice é medido pela Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais (Depam), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). No entanto, o diretor do Depam, Celso Bittencourt, comenta que a população não precisa se preocupar, porque os valores apresentados não representam riscos à saúde da população.

Em períodos de seca ou situações de inversão térmica (que ocorrem no inverno), aumenta o número de partículas em suspensão no ar. São resíduos industriais, do escapamento dos carros, o pó das ruas, entre outros. Também há uma concentração maior de gases poluidores.

Este mês, o Depam verificou que em cinco dias os níveis de partículas no ar aumentaram e chegaram a um patamar regular, afetando a qualidade do ar. Mas Bittencourt reforça que, mesmo o índice estando neste patamar, não oferece maiores problemas para a saúde.

Já o pneumologista do Hospital de Clínicas, Jairo Sponholz Araújo, explica que os níveis moderados de poluição podem não fazer mal à maioria da população, mas sim às pessoas alérgicas. Aquelas com doenças como rinite, sinusite e asma acabam sofrendo e indo parar nos consultórios. Segundo ele, de um modo geral não há como essas pessoas evitarem o problema. Elas podem apenas melhorar o ambiente onde moram, mantendo uma boa ventilação, não fumando dentro de casa e evitando passar produtos com cheiro forte como cera e inseticidas.

Qualidade do ar

O Depam possui sete estações que verificam a qualidade do ar, sendo quatro manuais e três automáticas. Elas estão localizadas no Boqueirão, na Praça Ouvidor Pardinho, no centro de Curitiba e em Araucária. As estações manuais medem a quantidade de partículas, fumaça e gás carbônico. Já as automáticas são mais modernas e medem também os níveis de dióxido de enxofre, de nitrogênio e de ozônio.

As estações manuais existem há 20 anos e as automáticas, que são mais completas, há quatro. Os dados das automáticas vão ser utilizados para verificar se há variações positivas ou negativas na qualidade do ar na região. Bittencourt diz que ainda é cedo para se fazer projeções e explica que seriam necessários mais alguns anos de observação.

No entanto, afirma que de um modo geral, a qualidade tem se mantido num bom patamar. Mas fala que, por alguns períodos, os níveis de poluição ultrapassam os limites toleráveis. Nestes casos, é feita uma análise para verificar a fonte poluidora. Na maior parte das vezes, são fábricas ou indústrias. Quando isto ocorre, a fiscalização é acionada para que a situação não volte a se repetir. Porém, hoje, os veículos são os maiores responsáveis pela emissão de gases e partículas poluentes na região.

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