O governo federal e caminhoneiros não chegaram a um acordo nesta quarta-feira (22) sobre o pedido da categoria para tabelamento do preço do frete, e representantes dos motoristas anunciaram uma paralisação a partir de zero hora de quinta-feira (23).

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“O Brasil vai parar”, gritaram em coro os caminhoneiros, após reunião na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Algumas reivindicações foram atendidas pelo governo, mas a principal delas, que pedia um preço mínimo do frete, não avançou”, disse o presidente da Associação dos Transportadores Autônomos e Motoristas (Abtram), Neori “Tigrão” Leobet. Ele explica que o setor também pede que a tabela seja vinculada as flutuações no preço do óleo diesel.

Tigrão, que também é presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e Campos Gerais (Sinditac), conta que a decisão de fazer nova paralisação partiu dos próprios caminhoneiros e não dos sindicatos ligados à categoria. “O pessoal saiu da reunião chateado, nervoso. Está faltando diálogo”, afirmou.

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“Os representantes do governo disseram que há empecilhos jurídicos para uma tabela impositiva, e a categoria não quer uma tabela apenas referencial”, disse o representante dos caminhoneiros autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca. Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e o dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, participaram da reunião representando o governo.