Sem abrigo ou representação

A profissão é mais antiga do que muitos pensam. Tem chapa que está na atividade há mais de 30 anos. É o caso do seu Nelson Beterin Costo, 64 anos, há 32 com chapa. Ele sempre trabalhou no ponto da BR-277, sentido interior, e está mais do que satisfeito com a escolha que fez. “Eu trabalhava como carpinteiro, mas tive uma intoxicação com solvente de tinta e fui aconselhado pelo médico a trocar de profissão, já que não poderia mais lidar com produtos químicos. Então resolvi virar chapa e me encontrei. É muito gostoso o que eu faço”, conta.

Apesar de ser uma atividade relativamente antiga, até hoje os chapas não contam com um sindicato ou qualquer outra organização que os representem legalmente. Eles alegam que o pouco número de trabalhadores não faz com que haja uma associação representativa da classe.

Mesmo assim há uma série de reivindicações por parte dos chapas. Uma delas é a construção de bases de apoio nos pontos de maior concentração dos trabalhadores. “Em época de eleição aparece um monte de político prometendo que vão cuidar melhor dos chapas. Mas até hoje nada aconteceu”, conta o chapa Gilberto Luiz Niciak.

 

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