Sem a segunda parcela do 13º salário, os trabalhadores do Hospital das Clínicas vinculados à Funpar (Fundação da Universidade Federal do Paraná) abriram um indicativo de greve para a próxima quinta-feira (24). A categoria realiza, na manhã desta terça-feira (22), um protesto em frente à sede do complexo hospitalar, no Alto da Glória, em Curitiba.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR), a parcela dos trabalhadores vinculada à Funpar sofreu com atrasos salariais durante todo o ano. Ao todo, 916 trabalhadores do HC são contratados via fundação. Somando-os aos concursados, há 2,8 mil funcionários trabalhando no local.
A assessoria de imprensa do HC informou que o crédito na conta dos funcionários era esperado para a noite da última segunda-feira (21), mas que trâmites burocráticos impediram que isso ocorresse. Agora, segundo o hospital, a expectativa é de que esse crédito seja efetuado até a noite de hoje, o que evitaria uma eventual greve.
Mesmo com a promessa, os funcionários da Funpar decidiram manter o ato de protesto em frente à sede do hospital. O HC pondera, entretanto, que a ação não está prejudicando o atendimento aos pacientes. O sindicato irá providenciar almoço para os trabalhadores que permanecerão em vigília durante todo o dia.
Incerteza
O Hospital de Clinicas aderiu, no final do ano passado, à gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) — uma empresa vinculada ao Ministério da Educação criada para gerir os hospitais universitários. Essa nova gestão prevê a realização de concurso público para a contratação de funcionários que irão substituir, de forma gradativa, os profissionais contratados via Funpar. O Sinditest-PR foi contra essa adesão por entender que ela representa a privatização do complexo e também para proteger esses trabalhadores. Quando da adesão, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, garantiu que não haveria demissões em massa e que a substituição ocorreria de forma gradativa.