Até o final da tarde de ontem, o óleo que chegou ao rio pela tubulação de esgoto, já estava distante oito quilômetros do local do acidente, próximo ao Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais. O coordenador de Biodiversidades e Florestas da Sema, José Tadeu Motta, garantiu que o máximo estava sendo feito para minimizar os danos contra o meio ambiente. Ele alertou que além da água e da vegetação, os peixes que ainda vivem no Rio Atuba – muito poluído -, também foram afetados pelo óleo. “Já colocamos três barreiras e estamos fazendo a retirada do produto com caminhões de sucção”, contou Motta, imaginando que a retirada só deverá ser concluída dentro de alguns dias.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, garantiu que independente do agente causador, haverá autuação e punições legais “Vamos agir com o mesmo rigor que sempre agimos, exigindo a recuperação dos danos causados ao meio ambiente e aplicando as punições que a legislação determina”, disse.
O acidente
O óleo começou a vazar no final da manhã de ontem. Segundo a assessoria de comunicação do IAP, 21 mil litros de Extrato Neutro Pesado vazaram. A maioria desse produto foi recolhida próximo ao tanque. Além dos seis mil litros que foram para o Rio Atuba, mais 3 mil litros do derivado de petróleo se espalharam nas dependências da Ingrax, dando mais trabalho aos técnicos do IAP e da Defesa Civil.
Conforme a proprietária da Ingrax, Viviane Mayr, um caminhão da Transportadora Dalcóquio estava transferindo o material para um dos tanques da empresa. Ela explicou que o material, quando no caminhão, é quente, esfriando posteriormente nos tanques. “Acredito em falha humana, pois alguém fechou o respiro que há no tanque, causando o superaquecimento e a explosão”, afirmou Viviane, que acreditava que todo o óleo fosse retirado sem causar maiores prejuízos ao meio ambiente.