Não confie na sorte

Seguro do carro pode pesar no bolso, mas é melhor ter…

Em 2014 foram registrados 11.287 acidentes de trânsito nas ruas de Curitiba. A capital também sofreu no ano passado 4.897 roubos de carros. Essas estatísticas deveriam servir de alerta pros motoristas buscarem maior segurança, mas ainda assim muitas pessoas abrem mão de um seguro pro automóvel e preferem correr o risco.

Foi o que aconteceu o empreendedor Antônio Polito Neto, 30 anos, ao se envolver, há três anos, em um acidente que danificou seu carro. No caso dele, o motivo pra não buscar essa segurança foi o orçamento. “Quando comprei meu carro seria muito pesado assumir a prestação e contratar um seguro. Amigos que já tinham seguro também falaram que como se tratava de um carro mais antigo, não valeria tanto a pena”, lembra.

Mas o pior aconteceu. Após sofrer um acidente e capotar o carro, até que Antônio pudesse arcar com o reparo do veículo deixou o veículo encostado por quase seis meses. “Pra consertar o carro, desamassar e alinhar, gastei quase três mil reais. E ainda faltam a pintura e alguns reparos pequenos. Na época, passei a pegar o ônibus. Se fosse hoje, nem imagino o que faria, pois dependo ainda mais do carro pra trabalhar”, afirma.

Pro corretor de seguros Fernando Allessi tudo isso poderia ter sido evitado caso Antônio tivesse o carro segurado. “Em todos os casos, obter um seguro traz benefícios. Isso porque não conseguimos prever o que irá acontecer amanhã e devemos estar preparados. No caso de seguro pra carros, busco criar um perfil real pro cliente pra que ele obtenha o melhor plano dentro da realidade de uso do seu automóvel”, diz Fernando.

Mercado está em alta

O mercado de seguros pra automóveis prevê um crescimento de 7% neste ano. Com mais de 300 mil carros segurados no Paraná, o diretor de automóveis da HDI Seguros, Fabio Leme, acredita que a paixão do brasileiro por carros tem sido o grande responsável por esse crescimento. Mas pra quem irá atrás de um seguro é preciso ter em vista o que pode ser feito pra reduzir o valor.

“Na hora que a pessoa procura um corretor, ele deve informar tudo sobre o automóvel. A região onde mora, o local onde trabalha ou estuda, se o carro fica estacionado na rua ou em ambiente particular, quantas pessoas utilizam o veículo, se há dispositivos de segurança, se é o único carro da pessoa, se o veículo é utilizado pra viagens. Na HDI temos planos que o próprio corretor irá montar de acordo com a pessoa pra que o custo seja dentro da realidade e acessível”, conta.

Segundo Fabio Leme, nessa hora é possível dispensar serviços desnecessários. “Caso a pessoa já tenha dois carros, ela pode retirar o veículo substituto. Isso gera uma redução. Ou mesmo se ela não utiliza o carro para viagem, isso significa que não haverá necessidade de guincho grandes distâncias”, diz.

Outro ponto que pode ser negociado é o valor da franquia. “Quando a franquia é muito baixa, normalmente o valor do seguro é alto, já que qualquer batida, a seguradora será acionada. Quando a pessoa eleva a franquia pra reparar apenas acidentes graves, isso também implicará na redução do valor do seguro, com certeza”, aponta.

Vale a pena sempre!

Pra diretora do setor de ciências sociais aplicadas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ana Paula Cherobim, é indispensável se ter um seguro. “Vivemos em uma sociedade muito insegura, seja pelo grande número de assaltos e furtos, como pelos acidentes.

lém disso, ao se envolver numa colisão, não ,sabemos se a pessoa terá como arcar com o custo. Ou até mesmo nós podemos acertar algum veículo que o reparo esteja fora do nosso orçamento. Em geral, pouquíssimas pessoas conseguem juntar o valor de um carro novo por ano. Caso a pessoa utilize pouco o seguro ela passará a ter reduções e com o tempo compensará”, explica Ana. 

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