Seguranças pedem habeas corpus no caso Syngenta

Um pedido de habeas corpus para os três seguranças e o dono da empresa NF envolvidos no conflito armado ocorrido na fazenda experimental da Syngenta Seeds, no município de Santa Teresa do Oeste, foi solicitado ontem pela advogada Edinéia Sicbneihler. Ela aguarda a resposta do Tribunal de Justiça, em Curitiba, para hoje ou amanhã. Em outubro, seguranças e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entraram em conflito, que resultou na morte de duas pessoas.

?Pedimos o habeas corpus porque não se fazem presentes os requisitos do decreto de prisão preventiva, como a aplicação da lei penal?, explicou a advogada. Segundo Edinéia, os acusados responderão pelo crime de homicídio, tentativa de homicídio e lesões corporais.

No sábado, o segurança Rodrigo de Oliveira Ambrósio, apresentou-se na 15.ª Subdivisão da Polícia Civil de Cascavel. Ele estava foragido desde terça-feira da semana passada, quando teve a prisão preventiva decretada. Ambrósio é apontado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) como o responsável pelo disparo que matou o sem terra Valmir Mota de Oliveira.

Desde terça, também estão presos em Cascavel os seguranças Alexandre de Jesus e Alexandre Magno Winche Almeida, além do dono da empresa de segurança NF, Nerci de Freitas. Os integrantes da Via Campesina, Celso Ribeiro Barbosa e Célia Aparecida Lourenço, que tiveram a prisão decretada depois de serem responsabilizados pela morte do segurança Fábio Ferreira de Souza, continuam foragidos da Justiça. Os advogados dos sem terra aguardam a primeira audiência, que será realizada na quinta-feira, para conversar com a imprensa.

A audiência acontece na 1.ª Vara Criminal de Cascavel, onde as 19 pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) devem ser ouvidas. Depois da análise do MP-PR, foi pedida a prisão dos líderes sem terra. Até então, o inquérito apresentado pelo Cope indiciava apenas um integrante sem terra pelo crime de esbulho possessório (invasão de propriedade) e não por envolvimento nas mortes.

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