Segurança alimentar em debate na PUC

Por mais importante que seja, a questão da segurança para evitar qualquer forma de intoxicação ou infecção no consumo dos alimentos ainda não está totalmente difundida. Enfatizando esse assunto, o principal especialista brasileiro em higiene de alimentos participou ontem, em Curitiba, de um ciclo de palestras realizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

“Nunca é demais ressaltar a importância dos cuidados com a alimentação. Parece repetitivo, mas é necessário alertar a população”, destaca o consultor e biomédico Roberto Martins Figueiredo. Segundo ele, cerca de 1,5 bilhão de crianças menores de cinco anos em todo o mundo apresenta algum tipo de infecção alimentar. Desse total, 3 milhões morrem por falta de cuidados e atendimento hospitalar.

A higiene na manipulação dos alimentos nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias do ramo, além da limpeza dos equipamentos e cozinhas, também são necessários para a segurança de tudo o que é consumido, destaca Roberto. Ações simples, como lavar as mãos antes das refeições, preparar adequadamente a comida e guardar os alimentos em locais frescos e sem riscos, podem impedir a proliferação de bactérias. Náuseas, dores abdominais, vômitos e diarréias, febre e dores no corpo caracterizam uma intoxicação alimentar e, nos casos mais graves, podem evoluir para uma desidratação e necessidade de internamento hospitalar.

Vistoria

O alimento consumido fora de casa, em bares e restaurantes, estão passando por uma vistoria constante da vigilância sanitária, ressalta Roberto. Ele explica que diversos cursos de manipulação de alimentos estão sendo realizados para evitar qualquer tipo de contaminação nesses locais. “São pequenas iniciativas que podem impedir o aparecimento dessas doenças. Temos que ficar atentos”, completa o biomédico.

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