Seed inicia o cadastro dos analfabetos do Paraná

No Paraná, segundo censo realizado no ano 2000, existem 650 mil analfabetos absolutos, isto é, que muitas vezes conseguem assinar o próprio nome, mas não são capazes de ler e escrever. As regiões consideradas mais problemáticas são o Vale do Ribeira, na região Leste, com 28% da população analfabeta, e a região de Ivaiporã, que fica na área Central do Estado e tem 20% da população não alfabetizada.

Com a intenção de reduzir os índices de analfabetismo, a Secretaria de Estado da Educação (Seed), em parceria com as diversas secretarias municipais de Educação e com os núcleos de Educação do Paraná, estará realizando a partir de amanhã o cadastramento de jovens, adultos e idosos analfabetos. “Estaremos atuando nas escolas estaduais e municipais de todo o Estado. As pessoas não alfabetizadas poderão comparecer a esses locais e fazer seu cadastramento”, explica a chefe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Seed, Maria Aparecida Zanetti.

Com o cadastro pronto, os funcionários da Seed irão dar início a um processo de alfabetização com base no programa Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação. A intenção é que, até o final de 2005, 51,6 mil paranaenses aprendam a ler e escrever. “Reduzir os índices de analfabetismo é trabalhar a inclusão social e proporcionar melhores possibilidades de emprego e renda à população”, explica Maria.

Na capital, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 40 mil pessoas são consideradas analfabetas absolutas. Os bairros onde a situação é mais preocupante são: Portão, com 10.260 analfabetos; Cajuru, com 5.941; Bairro Novo, com 5.178, Boa Vista, com 4.912; Boqueirão, 4.551; Pinheirinho, com 4.118; Santa Felicidade, com 3.336; e centro, com 1.948.

Aprender

Desde 1990, a secretaria municipal mantém um projeto de alfabetização de jovens e adultos, que recebeu o nome de Aprender. “Através dele, são formados alfabetizadores (profissionais de diversas áreas que passam por curso de capacitação e se tornam trabalhadores voluntários) que começam a atuar perto dos locais de trabalho e da casa das pessoas não alfabetizadas, ensinando-as a ler e escrever”, conta a coordenadora do Aprender, Elizabeth Ramos. “O projeto, que atualmente conta com 234 capacitadores voluntários e 1.219 alunos, permite que os participantes concluam a quarta série do ensino fundamental.”

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