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Secretário da Educação e comando da PM são trocados por Beto Richa

O confronto entre policiais militares e professores no Centro Cívico no dia 29 de abril começa a causar a dança das cadeiras. O secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira, sai junto com o atual comandante da Polícia Militar, coronel César Kogut.

A informação da substituição do comandante da PM e do secretário da Educação foi obtida por fontes da Gazeta do Povo e o anúncio das decisões deve ser feito pelo governador Beto Richa (PSDB) nas próximas horas.

O coronel César Kogut, comandante da Polícia Militar, sai depois de ser considerado pelo secretário da Segurança, Fernando Francischini, como o organizador da tropa que deixou mais de 200 feridos no Centro Cívico durante a manifestação do dia 29 de abril. A decisão foi tomada depois da entrevista coletiva dada por Francischini, nesta segunda-feira (04).

Para o lugar de Kogut dois principais nomes são levantados: o coronel Nerino Mariano de Brito ou o coronel Maurício Tortato. Há outros em discussão, mas esses são vistos como os mais fortes. A assessoria de imprensa da PM ainda não confirma a saída de Kogut.

Em nota publicada no site oficial, a Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas (AMAI) manifestou total apoio ao Comandante Geral da Polícia Militar do Paraná, coronel César Vinícius Kogut. Segundo a AMAI, o coronel “está sendo vítima de boatos sobre sua exoneração”. 

A Associação solicita ao Governo que mantenha a coerência nas ações, sem tomar nenhuma decisão precipitada, pois a exoneração do Comandante Geral possibilitaria a individualização de uma ação coletiva, determinada pelo Governo, de acordo com os meios e condições fornecidas. “Esse ato seria uma desmoralização do Secretário de Segurança Pública, que participou diretamente do planejamento e execução da operação no Centro Cívico”, conclui a nota da AMAI.

Foto: Daniel Castellano.

Educação

Fernando Xavier Ferreira, secretário da Educação, permaneceu por apenas quatro meses no cargo. Os deputados teriam pedido sua troca alegando que ele não dialoga. Além disso, teria parte de responsabilidade no clima de guerra e teria sugerido cortes de direitos dos professores.

O novo secretário da Educação será João Carlos Gomes, atual titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ex-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ele assumiu o posto já no governo passado e é visto como tendo um perfil mais técnico. Quem assume a Ciência e Tecnologia é Nádina Moreno, ex-reitora da Universidade Estadual de Londrina.

Cabeça pedida

Após polêmica envolvendo a postura da Polícia Militar no protesto dos professores, bancada no governo teria ‘pedido a cabeça’ de Francischini. Sobre essa informação que começou a circular, o secretário disse que depende do governador Beto Richa. “Tenho que me acostumar com as críticas, porque elas acontecerão sempre. Quanto a minha função, cabe ao governador. Ele quem decide o que fará, mas os índices de criminalidade já foram divulgados e mostramos que diminuíram”, defendeu.

De acordo com o secretário, ele exerce a função mais complicada e mais, difícil do estado neste momento. “Lidar com presídio e com as demais situações, como o que aconteceu na manifestação, é algo que deve ser muito bem trabalhado. Vamos esperar posição do governador”, disse. 

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