Os fumantes ativos e passivos que têm curiosidade de saber como o tabagismo está afetando os seus pulmões podem passar na Boca Maldita, nesta quarta-feira (29), e se submeter ao teste gratuito de monoximetria.
A testagem fará parte da programação organizada pela Secretaria Municipal da Saúde para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo e estará disponível das 9h às 17h.
O objetivo da testagem é sensibilizar o público para a toxicidade do cigarro e mostrar as alternativas existentes para beneficiar não só quem fuma mas também as pessoas no seu entorno.
“O fumante pode procurar a unidade de saúde perto da sua casa e se informar sobre o grupo de apoio mais próximo. Já quem não fuma mas conhece pessoas que usam cigarro têm o dever de repassar essa dica. Reduzir esse vício e seus efeitos é papel de todos”, diz a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, médica Cláudia Weingaertner Palm.
Para tornar o exame mais rápido, haverá dois equipamentos disponíveis, com bocais descartáveis. A pessoa sopra forte no bocal e o aparelho indica a percentagem de monóxido de carbono nos pulmões.
Dependendo da quantidade encontrada do gás, as pessoas são classificadas em não fumante, fumante leve, fumante pesado ou, nos casos mais críticos, sob suspeita de envenenamento.
Para cada uma dessas classificações o aparelho sinaliza com as cores verde, amarelo e vermelho. O último estágio, além da cor vermelha, se caracteriza pela emissão de um sinal sonoro.
Qualidade de vida
Além dos prejuízos à saúde – como risco cardiológico, de aborto e de nascimento de bebês prematuros e de baixo peso – a idéia também é mostrar as vantagens de não fumar. Isso porque o nível de oxigenação do sangue volta ao normal apenas 8 horas depois do último cigarro.
“Na 14ª hora, os pulmões já funcionam melhor. Em dois dias, olfato e paladar se normalizam e, vinte dias depois, fica mais fácil respirar e a circulação melhora”, frisa a coordenadora.
Para quem persiste na meta de manter longe o cigarro, a qualidade de vida só aumenta. Passado 1 ano da última tragada, o risco de morte por enfarte cai pela metade e, entre 5 e 10 anos, as chances de enfartar são semelhantes às observadas entre as pessoas que nunca fumaram.