Líderes dos 14 sindicatos que formam o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FES) se reuniram ontem com representantes do governo estadual para negociar o salário da categoria.

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Os 5% de reajuste geral, valor sancionado em março pelo então governador Roberto Requião, deve ser implantado “o quanto antes”, segundo a secretária da Administração e da Previdência (Seap), Maria Marta Lunardon.

Para o coordenador do FES, Heitor Raymundo, a reunião não foi tão proveitosa assim. “A pretensão era sair de lá com algumas gratificações, o que não aconteceu. Esperamos agora a nova reunião, marcada para 20 de maio”, afirmou.

Enquanto isso, servidores públicos estaduais protestaram ontem em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, na capital. Entre os participantes estavam professores e técnicos de universidades estaduais; servidores da agricultura, meio ambiente, abastecimento, da Receita Estadual e da área de saúde; agentes penitenciários e professores de escolas estaduais, que em função da mobilização reduziram ontem o tempo das aulas, de 50 para 30 minutos.

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O objetivo dos servidores era exigir melhores condições de trabalho do governo estadual. Além do reajuste geral de 5%, eles querem aumento nas gratificações de 14,89%.

“As gratificações estão atrasadas desde 2005. O governo se comprometeu a dar reajuste de acordo com os percentuais já repassados em 2007, 2008 e 2009, o que totalizaria 14%, mas não cumpriu a promessa”, disse a coordenadora do FES, Elaine Rodella.

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Os servidores também pedem melhorias no Sistema de Assistência à Saúde (SAS). Segundo Elaine, o governo repassa recursos aos hospitais que prestam atendimento pelo SAS, correspondente ao número de usuários, mas as instituições de saúde não têm garantido qualidade no atendimento.

A auxiliar de enfermagem Júlia Fonseca, de Ponta Grossa, participou das manifestações e é uma das usuárias do SAS insatisfeita. Ela conta que é diabética e tem encontrado dificuldades para marcar consulta com oftalmologista.

“Tenho que passar primeiro por um endocrinologista que me recomende um oftalmologista. Marquei o especialista em fevereiro e só vou consultá-lo daqui a três meses. Depois, não sei quanto tempo vou ter que esperar para fazer o exame de que necessito”, reclamou.

Outras reivindicações são a ampliação e restauração do auxílio-alimentação; vale-transporte e vale-educação infantil; admissão de pessoas aprovadas em concursos.

Na reunião de ontem, a diretora-geral da Seap, Regina Gubert, disse que a estimativa da folha de pagamento para todo o ano de 2010, sem a implantação de nenhum reajuste ou reestruturação, era de R$ 8,7 bilhões.

Com as implantações assumidas (incluindo promoções e progressões) e o ingresso de novos servidores (contratações por concurso, principalmente para a saúde), esse valor subiria para R$ 9,5 bilhões.