Os moradores de Fazenda Rio Grande estão na bronca com a polícia de trânsito da cidade, a Faztrans. Os Caçadores de Notícias foram ao município da Região Metropolitana de Curitiba e viram a revolta da população com as multas aplicadas pelo órgão, que ganhou o apelido de “Multrans”. Mas também flagraram falta de respeito às normas e à sinalização por muitos motoristas, que estacionam em locais proibidos e mesmo em cima das calçadas.

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A dica foi do leitor Erich Rodrigues Blansky, que enviou um recado à redação. “Há muitas multas sem nenhum sentido. Na última semana deixei meu carro em cima da grama da minha casa, na frente da rua, e fui multado. No lugar não existe calçada e não deveria ser passível de multa. Afinal, o indicativo é multar ou educar? É um absurdo. Eles literalmente construíram uma fábrica de fazer multas”, relata.

A reportagem percorreu as ruas da região central e, em cerca de duas horas, viu apenas uma viatura da Faztrans, estacionada e sem nenhum agente por perto. Mas não precisou esperar muito para encontrar quem já tenha sido multado. “Eu já peguei multa na lombada eletrônica e meu irmão, porque estacionou em frente ao banco. Estão pegando pesado, multando por qualquer bobeira”, diz o autônomo Cícero Correia.

Na Avenida Brasil, chama a atenção uma placa que indica: “Proibido caminhões de aluguel”. Ao lado, estavam estacionados três caminhões de frete. “Isso aqui foi uma sacanagem que fizeram. Trabalho como fretista há mais de 15 anos neste ponto e agora, faz uns 40 dias, colocaram essa placa. Não vou sair daqui. Até agora não multaram e se multarem vou recorrer”, diz o motorista Jorge Luiz da Rosa.

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Jorge diz que aprova a fiscalização, mas acredita que a Faztrans está errando a dose. “Tem muita gente que abusa, mas quem precisa eles não multam. Ficam atrás de infrações pequenas, que não ameaçam ninguém. Está terrível. Querem arrecadar às nossas custas”, acredita.

A página da prefeitura de Fazenda Rio Grande na internet diz que “os valores arrecadados pela aplicação de multas aos infratores, são investidos em sinalização, fiscalização, educação e engenharia de trânsito”.

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