Na tentativa de desfazer os boatos sobre o caso de meningite e acalmar a comunidade, técnicos da Secretaria de Saúde de Curitiba estiveram ontem no Colégio Estadual Dom Orione, para uma série de esclarecimentos. Os pais e membros da escola lotaram o salão. Mesmo quase uma semana após a morte do aluno de 11 anos, vítima da doença, as dúvidas eram muitas.
Segundo a diretora da secretaria, Maria Ivonete Vendrametto, a reunião foi necessária porque os boatos que surgiram com a confirmação do caso foram diversos. ?Falaram de tudo, que já tinham morrido dois alunos, vítimas da meningite, que outros quatro estavam enterrados e que se tratava de uma epidemia no colégio?, diz, indignada, a diretora. Maria Ivonete explica que foi apenas um caso, envolvendo um aluno da escola.
Como conta a diretora, o garoto de 11 anos, que estudava na 5.ª série do colégio, na terça-feira da semana anterior a esta, reclamou de dor de cabeça e um pouco de enjôo. Segundo ela, imediatamente foi comunicado ao responsável pelo menino, que foi buscá-lo na escola. Nos dois dias seguintes, porém, o menino foi à aula normalmente, ou seja, sem qualquer sintoma. No entanto, na sexta-feira, não houve aula na escola. ?Só tivemos um caso. O garoto passou mal em casa e, na sexta-feira, foi levado ao Hospital Pequeno Príncipe, onde faleceu?.
Maria Ivonete afirma que tentou entrar em contato com os responsáveis pela criança, mas, até hoje, não conseguiu encontrá-los. ?A minha preocupação única é que eu não sei como ele vinha para a escola. Se era de van ou ônibus. Eu precisava dessa informação para saber quem eram as crianças que tinham contato com ele no transporte, cujo o risco existe se ficar fechado?, explica. Fora isso, ela diz que tudo o que a escola precisava fazer foi feito. ?Não temos mais o que fazer, além de manter a escola arejada?, diz ela.