A Prefeitura de Curitiba está aplicando testes com fluído oral como forma de tratamento precoce da Aids. Essa e outras estratégias de tratamento precoce foram debatidas por profissionais que trabalham com HIV em Curitiba e da região metropolitana, nesta terça-feira (6), no Centro Regional de Especialidades. A proposta da Secretaria Municipal da Saúde é ampliar cada vez mais o diagnóstico e o tratamento do HIV.

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Equipes das Organizações não governamentais (ONGs) que trabalham com a população considerada mais vulnerável foram treinadas pelo Ministério da Saúde para aplicar o teste de fluído oral, que consiste na coleta da saliva da gengiva e em contato com reagente dá o resultado rapidamente. A intenção é que cada ONG aplique 180 testes mensalmente junto travestis, profissionais do sexo e usuários de drogas.

“O tratamento precoce está sendo implantado gradativamente em Curitiba e com a ajuda de (ONG) estamos aplicando testes com fluído oral, que funciona da mesma forma que o teste rápido e em caso positivo precisa ser confirmado com o exame de sangue”, explica o superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, Moacir Pires Ramos.

Curitiba trata hoje cerca de 9 mil pessoas contaminadas pelo vírus da Aids. A expectativa é de que com este aumento no número de testes, 20 novos casos sejam constatados mensalmente. “É preciso ter em mente que quanto antes o diagnóstico melhor o resultado no tratamento”, explica Ramos.

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No fim do ano, o aumento no número de testes realizados será ampliado com um trailer do Ministério da Saúde que irá percorrer as áreas onde estão as pessoas de maior risco.

Tratamento precoce

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O Ministério da Saúde lançou, no final do ano passado, um novo protocolo de tratamento para pessoas com HIV. Uma das principais inovações é possibilitar que o paciente inicie o tratamento logo após a confirmação da presença do vírus no organismo. A medida amplia a qualidade de vida da pessoa em tratamento e reduz a possibilidade de transmissão do vírus, diminui também o risco de morte, infecções e outros problemas de saúde causados pelo vírus.

“Estudos internacionais apontam que o tratamento precoce reduz em até 96% as chances de transmissão do vírus, mas nem por isso a utilização da camisinha deve ser ignorada”, frisa Ramos.