As secretarias da Saúde do Paraná e de Curitiba fazem monitoramento rotineiro de doenças respiratórias, para determinar os vírus que afetam a população. A identificação de novos subtipos virais permite a detecção de possíveis vírus pandêmicos, bem como orienta a produção anual de vacinas.

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De forma pioneira, o governo do Paraná ampliou, neste ano, o monitoramento de doenças respiratórias, oferecendo exames diagnósticos para mais tipos de vírus respiratórios no Laboratório Central do Estado (Lacen) e aumentando as unidades-sentinelas para vários municípios. “A partir deste trabalho podem ser identificadas com maior agilidade surtos e epidemias”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. O Ministério da Saúde avaliou o sistema e estuda implantá-lo em outras regiões.

A coleta de amostras para a realização do exame acontece de forma aleatória e sistemática nas unidades de saúde. “Foi instituído um plano de amostragem em conjunto com o Lacen, no qual 300 amostras mensais são distribuídas pelas 22 Regionais de Saúde de acordo com a população existente”, explica Ângela Maron de Mello, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas e Respostas Rápidas da secretaria Estadual de Saúde. Atualmente são analisados 12 agentes virais responsáveis por síndromes respiratórias.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Curitiba, Juliane Oliveira, informou que dados referentes à gripe e outras potenciais emergências em saúde pública, são discutidas periodicamente pelo Comitê de Emergências em Saúde Pública. Participam do comitê diversos órgãos públicos, entidades científicas e da sociedade civil, garantindo a definição de condutas de forma participativa.

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Em Curitiba, até a segunda semana deste mês, foram coletadas 275 amostras em duas unidades-sentinelas, com a identificação de 38 casos de influenza sazonal, nove casos de gripe B e um caso de gripe A H1N1 pandêmico, confirmado na segunda-feira (28). Em todo o Estado, foram coletadas amostras de 1.868 pessoas com a realização de 3.718 exames, em que foram identificados 269 de influenza sazonal, 39 de gripe B e somente um de H1N1.

RECOMENDAÇÃO – Medidas simples podem evitar a transmissão de gripes e resfriados: lavar bem as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas. “Ao menor sinal de qualquer sintoma, o ideal é o paciente procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa”, afirmou Ângela.

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O Ministério da Saúde recomenda a utilização do antiviral em pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave portadores de fatores de risco. O Paraná estabeleceu a utilização do medicamento mediante avaliação e critério médico para todos os casos de síndrome gripal, independente do fator de risco. Ainda há em estoque cerca de 500 mil tratamentos de oseltamivir disponíveis no estado.