Turistas que visitaram as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no início desta semana, notaram a redução no volume das quedas d?água. De acordo com a medição da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel), a vazão de água ontem estava em 612 metros cúbicos por segundo. A média é de 1,4 mil metros cúbicos por segundo.
Na última segunda-feira, esse volume chegou a 542 metros cúbicos por segundo, mas a redução é vista com tranqüilidade pela Copel, que informou que uma das quantidades mais críticas enfrentadas em período de seca foi de 245 metros cúbicos por segundo.
A vazão depende do movimento das usinas e a redução no início da semana era esperada, já que no fim de semana não há produção de energia. Nos períodos de seca, essa redução é mais perceptível. ?O sistema nacional que controla a produção de energia elétrica aciona as hidrelétricas conforme a necessidade de energia, automaticamente. Nos fins de semana, diminui a produção e isso acontece também no fim de cada dia. Dentro do parque, isso é sentido mais rapidamente?, explicou Apolonio Rodrigues, do Instituto Chico Mendes, que administra o Parque Nacional do Iguaçu (PNI).
Além do impacto visual, o constante movimento de aumento e redução do volume de água acarreta um impacto biológico para o Rio Iguaçu, segundo a análise de Rodrigues. ?Esse movimento afeta o regime do rio e as espécies nele existentes, como peixes e caramujos. Tem uma espécie de gavião, o caramujeiro, que se alimenta de caramujos. Se prejudicar essa população, afeta a demanda de alimento para o gavião?, exemplifica.
Outro problema é o assoreamento do Rio Iguaçu. ?Como a água sobe e desce rapidamente, acaba assoreando e causando erosão nas margens, o que piora a qualidade da água?, afirmou Rodrigues. Áreas particulares estão perdendo terra e ilhas ao longo do rio podem desaparecer, como a Ilha do Cabrito, a mais afetada hoje.
Mesmo com a diminuição do volume de água no início da semana, o PNI espera 15 mil turistas neste feriado de Corpus Christi, um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2007.
Baixa umidade
Até domingo, uma massa de ar seco sobre o Brasil central provocará baixos índices de umidade relativa do ar no norte e noroeste do Estado, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec). Ontem, a Sedec enviou alerta de baixa umidade do ar às defesas civis dos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás e Minas Gerais e do Distrito Federal.