Enfermidade

Saúde reforça cuidados com a dengue

A primeira ação de combate e prevenção à dengue neste verão será promovida na próxima sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), batizada de “Natal sem dengue”.

Nos próximos meses, quando há picos de incidência da doença, a Sesa também pretende fazer o Ano Novo, Carnaval e volta às aulas sem dengue, para divulgar informações sobre a enfermidade.

Apesar do bom resultado alcançado no último ano, o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin, alerta para os cuidados que precisam continuar. “Cada verão é um novo verão. O problema da dengue não é mais aquilo que incorporamos, como sendo uma doença inofensiva. Sozinho o Estado não resolve o problema, é preciso consciência de todos”, afirma.

Segundo o secretário, pelo menos 90% dos focos do mosquito da dengue são intradomiciliares, aparecendo em caixas d’água, vasos de flores, ralos e calhas entupidas.

Em comparação com 2007, neste ano houve uma redução de 96,94% dos casos confirmados e 65,11% dos casos suspeitos de dengue no Paraná. Até meados de novembro, foram confirmados 919 casos de dengue, dos quais 752 infecções ocorreram no Estado (autóctones) e 167 importadas de outras regiões do País. Foram também notificados 16.127 casos suspeitos da doença. As regiões do Estado com maior incidência são oeste, norte e noroeste.

Prestação de contas

Depois de 2007 ter sido marcado por muita discussão em torno da demora e das filas de atendimento nos prontos-socorros, principalmente na região dos Campos Gerais, e da distribuição de medicamentos excepcionais, a Sesa fecha 2008 com mais calma, conforme avalia o próprio secretário e deputados presentes ontem na Assembléia Legislativa do Paraná, quando Martin apresentou o relatório anual dos trabalhos da secretaria.

Segundo o relatório, aumentaram a contratação e o credenciamento de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) no Paraná. O secretário também destaca a boa atuação dos 21 consórcios intermunicipais de saúde e das unidades de saúde da mulher e da criança, implantadas prioritariamente em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e de alta mortalidade materna e infantil.

O secretário diz que o atendimento de média complexidade ainda é o “gargalo da saúde paranaense”. Em relação à polêmica sobre os medicamentos, Martin defende que é preciso comprovação de funcionamento pela câmara técnica designada pelo Estado para evitar gastos desnecessários. “O problema não é o valor do medicamento, mas a falta de comprovação da sua eficácia”, afirma.

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