A vacinação de rotina de crianças a partir dos 2 meses de idade é uma ação primordial para a proteção contra a coqueluche, doença contagiosa caracterizada por tosse intensa e que desde 2010 vem registrando aumento do número de casos no mundo.
Disponível desde a década de 70, a vacina contra coqueluche faz parte do Programa Nacional de Imunizações e está entre as estratégias adotadas pela rede de unidades de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde para enfrentar o problema.
Para que a vacina seja eficiente, as equipes das unidades de saúde monitoram as cadernetas de saúde das crianças e orientam mães, pais e demais responsáveis para a importância de manter em dia o calendário vacinal.
O objetivo é garantir que as doses sejam feitas aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina tetravalente (DTPHi), alem dos reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos com a vacina tríplice (DTP), totalizando 5 doses da vacina, para proteger esta faixa da população até o início da adolescência.
Nos últimos anos foi observado que adolescentes, adultos e idosos voltaram a ser infectados pela bactéria, transmitindo-a para crianças não imunizadas. A Organização Mundial de Saúde estima a ocorrência anual de 50 milhões de casos de coqueluche no mundo, com 300 mil óbitos, o que corresponde ao quinto lugar entre as causas de mortalidade por doenças imunopreveníveis entre crianças com menos de 5 anos.
No Brasil
Dados preliminares do Brasil referentes ao ano de 2011 apontam a ocorrência de 1.477 casos confirmados de coqueluche, com 98 óbitos. Desse total, 90 casos aconteceram no Paraná – quinto estado no ranking liderado por São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Curitiba notificou 55 casos, com dois óbitos, ambos em crianças menores de 1 ano.
Além de cuidar do esquema de imunização, os profissionais da Secretaria Municipal da Saúde estão atentos aos sintomas da doença em todas as faixas etárias. O objetivo é identificar e tratar os casos em todas as faixas etárias, para que os bebês ainda não completamente vacinados – menores de 6 meses – tenham menor risco de desenvolver a doença.
Sintomas
Considera-se como suspeito de estar com coqueluche quem apresentar tosse seca há pelo menos 14 dias, com acessos contínuos que podem estar acompanhados de chiados e vômitos pós-tosse. Pessoas com tosse seca e que estiveram em contato com casos confirmados de coqueluche também são considerados casos suspeitos.
O período de transmissão da Bordetella pertussis, bactéria causadora da doença, dura até 3 semanas depois do início da tosse. Com o tratamento com antibióticos (que são fornecidos pelas unidades de saúde), a bactéria é eliminada e os pacientes são orientados a ficar isolados somente até o quinto dia após o início do medicamento.
O uso de antibióticos também está indicado para as pessoas consideradas contatos íntimos dos casos de coqueluche, sendo esta orientação e o fornecimento da medicação realizada pelas equipes de vigilância epidemiológica do município.