Diante de grandes tempestades, com raios e trovões, muitas pessoas, em diversos países do mundo, acendem velas e rezam a São Grato, considerado o santo que acalma tempestades e também protege contra as pragas da lavoura.

Na capital, mais especificamente na Rua Grá Nicco, no bairro Mossunguê, se encontra a única paróquia em homenagem a São Grato no Brasil. No próximo dia 3 de março, ela completa quatro anos de criação.

“Até o ano 2000, a paróquia era uma capela, que pertencia à paróquia Nossa Senhora de Lourdes, localizada no bairro Campo Comprido. Só no dia 10 de março de 2000, a São Grato surgiu oficialmente como paróquia”, explica o padre Caetano Ângelo Sandrini, que está à frente do lugar.

Bastante cultuado na Itália, na Alemanha e na França, São Grato ainda é pouco conhecido no Brasil. “Mesmo em Curitiba, ele é mais popular apenas entre os moradores do Mossunguê e de bairro vizinhos”, afirma o padre.

A imagem de São Grato foi trazida para Curitiba por imigrantes italianos em 1887. Foi posta na paróquia que leva seu nome (no Mossunguê), no ano de 1915.

História

São Grato nasceu no ano 730 d.C, na cidade de Esparta, na Grécia. De família nobre, estudou em Atenas, se destacando por sua inteligência e espírito cristão. Sentindo-se chamado por Deus, finalizou os estudos e, na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, tornou-se monge da Ordem de São Basílio.

Exerceu a função de professor de Teologia e Sagrada Escritura e combateu com veemência os iconoclastas (movimento que perseguia a Igreja do Oriente devido à confecção de imagens de Jesus e Maria).

Foi consagrado Bispo para a cidade de Aosta, no norte da Itália. Corajoso e com dons especiais, foram-lhe atribuídos vários milagres de cura e de acalmar tempestades. Ele teria também encontrado, quando esteve em peregrinação à Terra Santa, na Palestina, a cabeça de São João Batista dentro da casa de Herodes.

Quando voltou a Roma, Grato teria entregue a cabeça ao Papa Estevão III, que a colocou na Igreja de São Silvestre (Roma). A mandíbula de São João Batista foi levada, também por Grato, à Catedral de Aosta, onde se encontra até hoje.

Devido ao achado, a imagem de São Grato geralmente mostra o Santo com a cabeça de São João Batista em uma das mãos. A outra mão aparece levantada para o alto, como se ele estivesse expulsando de Roma os iconoclastas ou acalmando uma tempestade. Grato morreu no dia 7 de setembro do ano 810.

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