Santuário da padroeira ganha status estadual

Este ano o Santuário de Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá vai ser elevado à categoria de santuário estadual. O decreto será assinado hoje, na festa em homenagem à padroeira do Paraná. Cerca de 70 mil pessoas de todo o Estado devem participar da tradicional missa na Praça da Fé, que ocorre no dia 15 de novembro, desde o século XVII.

Uma das histórias que contam como foi o aparecimento da santa é bem parecida com a de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Conta-se que um pescador conhecido como Pai Berê, estava tendo dificuldades para pescar quando surgiu em sua rede a imagem de Nossa Senhora do Rocio. Ele a levou até o seu casebre e toda a primeira quinzena de novembro rezava o terço em honra à santa. Com o tempo, o culto se espalhou e a imagem começou a atrair devotos. Mais tarde a imagem da santa foi levada para à Catedral de Paranaguá. No entanto ela sumia e voltava a aparecer perto do mar. Em função disso foi construído um santuário naquele local, onde a imagem hoje recebe os devotos.

Em 1977, o papa Paulo VI proclamou Nossa Senhora do Rocio a padroeira do Paraná. O padre Joaquim Parron explica que todos os anos os devotos fazem a romaria até o local para pedir e agradecer as graças alcançadas. Até uma sala especial foi construída para abrigar as lembranças. Neste ano, o padre levou a imagem da santa a pacientes da Santa Casa dde Misericórdia e a detentos na delegacia local.

Este ano os organizadores esperam arrecadar alimentos para distribuir à população carente. Desde o dia 6 quando iniciou a novena já foram arrecadadas uma tonelada.

A missa vai ter início às 10h. Às 16h, ocorrerá a procissão que levará a imagem da santa até a Igreja Matriz. Amanhã, ela será levada de volta para o santuário. A procissão faz menção à história que conta a vontade da santa em ficar perto do mar.

Em 114 anos de República, elite ainda pensa igual

Passados 114 anos da Proclamação da República, a mentalidade da elite continua, se não a mesma, muito parecida. É o que afirma o professor de História Contemporânea do Brasil Geraldo Luiz Silva. Ele comenta que a República não nasceu para resolver os problemas sociais brasileiros, mas sim para beneficiar as elites agrárias da época. Hoje, as classes dominantes não têm uma visão muito diferente.

O professor comenta que o conservadorismo marca a história do País. Proclamou-se a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, mas quase nada mudou. A elite, que antes compartilhava o poder com Portugal, passa a compartilhar com a monarquia no Brasil. “Não há mudanças significativa nas estruturas econômicas e sociais na época. A elite passa a se beneficiar ainda mais do sistema”, afirma o professor. Proclamada a República, a história se repete. A grande diferença é que a elite assume o poder de forma direta e passa a administrar o Brasil com o intuito de continuar tendo vantagens. “Todo o processo de construção do Pais se deu apenas na idéia de exploração do espaço geográfico e também das pessoas”, diz o professor.

A situação começa a mudar um pouco na década de 1930, quando o País da início a industrialização. Isto força uma mudança nas relações de trabalho, começam as discussões políticas e surge a classe média.

Para Geraldo, o Brasil de hoje não é muito diferente do de 15 de novembro de 1889, mas o medo da violência está forjando uma mudança neste quadro e discussões sobre o assunto são observadas na sociedade. “O Brasil vai estar dividido em dois grupos: os que não comem e os que não dormem”, exemplifica o professor, citando uma crônica do jornalista Carlos Heitor Cony, escrita no início de 1990.

Mas, Geraldo olha com esperança para o futuro. Ele diz que a República não nasceu para resolver os problemas da uma nação, mas o País tem dado passos importantes para construir um novo modelo. “Estamos num processo de aprendizagem. Alguns passos para frente, outros para trás. Mas precisamos passar por isto”, frisa.

Shopping e supermercado terão horário normal

O feriado do dia 15 de novembro alterará pouco a vida dos curitibanos. O comércio fecha hoje e só retorna na segunda-feira. As exceções são os supermercados e shoppings, que funcionarão normalmente.

Somente alguns serviços da Prefeitura terão o horário modificado. Creches e Faróis do Saber não funcionarão no feriado. Armazéns da Família, Mercadão Popular e Varejão param hoje.A coleta do lixo será normal nos locais onde ela é feita às terças, quintas e sábados. Não haverá coleta de lixo nas regiões onde ela é diária.

Movimento na BR-277 cresce no feriadão

A concessionária Ecovia, responsável pela BR 277 entre Curitiba e Paranaguá, prevê a descida de 23 mil veículos para o litoral neste fim de semana por causa do feriado de 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, e da festa em Paranaguá da Padroeira do Estado, Nossa Senhora do Rocio. Este valor é 19% maior que a média registrada nos últimos dois fins de semana, 19.180 veículos.

“O motorista deve redobrar a atenção ao trafegar nos períodos de maior movimento”, recomenda João Lúcio Donnard, Diretor de Operações e Engenharia da Ecovia. “Também é importante fazer uma boa revisão no automóvel antes de viajar para evitar a interrupção da viagem por causa de alguma falha mecânica ou elétrica no veículo.”

A circulação total prevista neste segmento da BR 277 nos dois sentidos é de 46 mil veículos. Os horários de maior movimento na descida devem ser registrados hoje, entre 10h e 17h. No retorno para a capital e interior, amanhã, a circulação de veículos se intensificará entre 15h e 20h.

“Para evitar transtornos aos motoristas, as obras de restauração da rodovia serão executadas no sentido inverso ao maior fluxo de veículos”, informa Donnard.

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