Sanitarista propõe mudança na coleta de lixo reciclável

O engenheiro civil e sanitarista Nicolau Leopoldo Obladen está propondo a revitalização da coleta e separação de lixo reciclável, na cidade de Curitiba. Especialista na área de gestão de resíduos, ele considera importante o incentivo aos carrinheiros, apoiando o desenvolvimento de associações e cooperativas. Segundo Obladen, o volume de material reciclável recolhido por eles chega a 450 toneladas dia, enquanto que o programa Lixo que não é Lixo coleta 60 a 70 toneladas no mesmo período.

O sanitarista diz que das cerca de 2,5 mil toneladas diárias de lixo doméstico e comercial coletado em Curitiba e nos municípios da Região Metropolitana, aproximadamente a metade é de materiais orgânicos, 25% é de recicláveis e o restante é de rejeito. "Ou seja, enquanto o total de lixo reciclado é de 625 toneladas diárias, consegue-se recolher pouco mais de 500 toneladas", diz.

Para resolver esse déficit na coleta, Obladen sugere a criação de um fundo pela Prefeitura Municipal de Curitiba, que daria apoio e traria a possibilidade de ampliar as atividades de carrinheiros. "A eficiência do processo de coleta está hoje apoiada nos carrinheiros", afirma.

De acordo com a proposta do sanitarista, da mesma forma que a empresa terceirizada recebe uma quantia para coletar o material reciclável, um valor semelhante pago por tonelada recolhida poderia compor o fundo. Segundo ele, os carrinheiros não são reconhecidos. "São pagos somente pela venda de material, mas não pelo serviço que realizam. É bem diferente o caso da empresa contratada pela Prefeitura, que recebe pela coleta do material."

O fundo seria usado para aumentar a eficiência de coleta pelos carrinheiros, por meio de incentivos e de compra de equipamentos como carrinhos e prensas. "Assim, se chegaria num programa social para valer", afirma.

Essa proposta, de acordo com Obladen, conseguiria retirar maior quantidade de material reciclado.

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