A Sanepar, em conjunto com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), está pesquisando a utilização do lodo de água na produção de artesanato em cerâmica. O lodo é um resíduo gerado nas estações durante o processo de tratamento de água. Os primeiros testes serão realizados com o lodo da estação de tratamento de água de Foz do Iguaçu.

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Além de reduzir o impacto ambiental do lodo sobre o meio ambiente, por meio da reciclagem, a pesquisa tem por objetivo contribuir com o programa regional de artesanato, fornecendo informações técnicas que permitam a substituição ou reposição de matéria-prima não-renovável, explica a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa. "Estamos incentivando as pesquisas nesta área para reduzir os impactos ambientais e incrementar a geração de renda", diz ela. Atualmente, o lodo das estações de tratamento em Foz do Iguaçu (uma média de duas toneladas por mês) é levado para o aterro municipal.

Nesta primeira fase da pesquisa, acadêmicos das duas universidades e do PTI farão os ensaios para a caracterização química e física do lodo, com o objetivo de determinar a viabilidade de usar este resíduo para artesanato em cerâmica. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Nora Diaz Mora, os primeiros resultados devem ser apresentados dentro de dois meses. "Os alunos envolvidos no projeto, já estão coletando o material e providenciando as análises. A nossa expectativa é de que, até o fim do ano, as primeiras análises estejam concluídas", explica.

Após a conclusão da pesquisa, a metodologia para utilizar o lodo na produção de cerâmica será disponibilizada aos parceiros do PTI que atuam com artesanato indígena em Foz do Iguaçu.

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