Moradores de um condomínio fechado no bairro Lamenha Pequena, em Curitiba, estão na bronca com a Sanepar. O atrito começou após uma boca de esgoto localizada dentro do residencial ter estourado no início do mês. Desde então, o síndico e outros vizinhos tentam ininterruptamente fazer com que estatal tome as previdências necessárias para resolver o problema, que gera mau cheiro no local. No entanto, até agora, segundo a vizinhança, a empresa foi somente uma vez ao condomínio para fazer uma avaliação superficial.

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De acordo com João Francisco de Souza, síndico do condomínio, desde a primeira reclamação, outras quatro já foram feitas formalmente junto ao telefone 115, a central de atendimento da Sanepar. “Tenho aqui todos os atendimentos registrados, com os números de protocolo e tudo. Mas a resposta deles não passou de uma visita rápida”, explica.

João Francisco afirma que após a vista dos técnicos da Sanepar, o condomínio recebeu um documento da prefeitura de Curitiba afirmando que o problema do mau cheiro era de uma lixeira da vizinhança que não era lavada. “Isso mostra que a Sanepar não tem controle algum dos atendimentos feitos via o telefone 115. Esse caso da lixeira era um problema antigo e já resolvido. Provavelmente, os técnicos viram que era na mesma rua, mas não conferiram o endereço”, relata.

Conserto será feito por conta própria

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O síndico conta que, por causa dessa confusão, a Sanepar considerou o protocolo já atendido. “Quando liguei novamente pra cobrar, me avisaram que o serviço já estava feito. E assim tive que abrir mais um protocolo, com mais uma reclamação. E nada do problema ser resolvido”, afirma.

Para João Francisco, o problema não é a responsabilidade da situação, mas sim o descaso de uma empresa pública que oferece um serviço básico. “Se vier alguém da Sanepar aqui e falar que o problema é do condomínio, eu pago a obra. Não tem problema. Agora, eu não posso mexer numa tubulação onde está escrito que é da Sanepar. Mas o que dói mesmo é ser enrolado por uma estatal pública”, lamenta.

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O Paraná Online entrou em contato com a Sanepar, que informou que uma equipe foi ao local e constatou que o problema está em uma rede interna do condomínio e, portanto, não é de responsabilidade da empresa. Segundo a companhia, o síndico já foi orientado a providenciar o conserto por conta do condomínio.

João Francisco confirma que, após a visita da reportagem, recebeu um telefonema da empresa. “O funcionário me pediu desculpas pelo transtorno e disse que o serviço não é de responsabilidade deles. Mas por que não disseram isso antes? Já podia estar pronto. Tive que recorrer à imprensa para ter um bom atendimento, o que é meu direito como cidadão”, diz o síndico, que já solicitou o orçamento do serviço a um encanador.