Sanepar explica mas não convence

Mesmo com as explicações dadas pelo engenheiro José Roberto Zen, gerente técnico da Panasan, órgão da Sanepar, gestor do projeto da captação de água do Rio Saí-guaçu em Guaratuba, ontem na audiência pública na Câmara Municipal, a população e os vereadores do município, não se convenceram da qualidade da água a ser fornecida para a cidade.

A audiência foi convocada pela comunidade, pois existem vários problemas no projeto, que comprometem a qualidade da água para o município. Atualmente, a água do município vem do Rio dos Melos, mas não é suficiente, causando a falta de água na região.

A água a ser retirada do Rio Saí-guaçu, segundo o vereador Mordecai de Oliveira, tem a qualidade comprometida pelo alto nível de agrotóxico, devido as fazendas de criação e lixão de Guaruva, no leito do rio e a mistura da água do mar quando a maré sobe.

Cemitérios

Outro problema do projeto foi apontado pelo presidente da Federação das Associações de Guaratuba, Rosnei de Oliveira, são os dois cemitérios que poluem o rio. Ele afirmou que a explicação dada pela Sanepar, que a distância da captação da água dos cemitérios é suficiente, não convenceu a população que pretende fazer um protesto na sexta-feira da semana que vem, interrompendo a rodovia. Ele disse, também, que a Sanepar está irredutível para a realização do projeto e o volume de recursos empregados é alto. Quanto à audiência de ontem, Oliveira disse que os técnicos da Sanepar não convenceram os vereadores, e não havia muita gente no local, talvez por falta de informação.

Para o presidente do Instituto Ambiental de Guaratuba, lidado à Prefeitura, a Paranasan está baseada em dados técnicos para a execução do projeto de captação de água, mas que estes devem ser checados. Ele contou que foram feitas várias análises, menos sobre o lodo e os peixes do Rio Saí-guaçu. Para verificar os dados da Sanepar, a Prefeitura convocará laboratórios ou universidades para ver se os resultados são compatíveis. Se as diferenças forem muitas, será convocada nova reunião para resolver o problema.

Segundo a assessoria de imprensa da Sanepar, os técnicos responsáveis pelo projeto não foram encontrados por estarem a serviço em local fora da área de cobertura dos telefones celulares.

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