A Sanepar está consolidando um novo trabalho junto à comunidade científica e acadêmica. Nesta semana, em encontro com os reitores das universidades estaduais e com o Tecpar, serão discutidos os termos do convênio para ampliar a parceria entre a empresa e a Secretaria de Ciência e Tecnologia e também para alavancar recursos que financiem as pesquisas.
Em reunião realizada na última sexta-feira, entre a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, e o secretário da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, ficou estabelecido que será criado um fundo específico para pesquisas em saneamento ambiental e também um centro facilitador de trabalhos conjuntos entre as universidade públicas e privadas do Estado, centros de pesquisa e instituições interessadas, como Sanepar, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Suderhsa.
Para Maria Arlete, “essa iniciativa do secretário Rizzi se soma a outras que estamos implantando na Sanepar, com o objetivo de alavancar as pesquisas e criar instrumentos necessários para fomentar o conhecimento. A Sanepar tem urgência em estabelecer linhas de pesquisas práticas na área de esgoto e, com a ampliação do convênio com as universidades estaduais, vamos dar um grande salto na investigação científica”.
Convênio
Nesta semana também deve ser assinado o convênio que institucionaliza o relacionamento entre a Universidade Federal do Paraná e a Sanepar. Até agora as duas instituições mantinham parcerias isoladas em algumas áreas de pesquisa. “Agora todas as pesquisas que a UFPR desenvolve para a Sanepar farão parte de um único convênio”, afirma Maria Arlete.
De acordo com o governador Roberto Requião, a UFPR tem uma grande contribuição a dar ao Estado e poderá somar para que, “no saneamento, a Sanepar se torne o que é hoje o Hospital de Clínicas na área de saúde: um exemplo para o Brasil e para o mundo”. A Sanepar tem interesse que a UFPR desenvolva várias linhas de pesquisas, entre elas a de tecnologia ambiental, hidrômetros e materiais.
A Sanepar também está em contato com instituições privadas de ensino. Nos próximos dias deve ser formalizado o convênio com a Faculdades Integradas Curitiba.
A Faculdade vai fazer um diagnóstico social da Vila Parolin, para atendimento das pessoas que integram a cooperativa dos coletadores de material reciclável (os carrinheiros). A instituição de ensino, em outra área de pesquisa, vai levantar as ligações clandestinas de esgoto que ainda persistem na região do entorno do lago que forma a barragem do Iraí.
“Atuando de forma integrada, pretendemos concentrar os esforços para obter linhas de crédito que financiem as pesquisas, promover aporte científico e tecnológico aos processos do saneamento e contribuir para democratizar o conhecimento, fazendo com que os resultados obtidos no meio científico sejam revertidos em benefício da comunidade”, explica Maria Arlete.